Apesar da forte desindustrialização da Região Metropolitana de Campinas (RMC) nas últimas décadas, com o fechamento de grandes indústrias e, consequente redução dos empregos, o setor industrial registou crescimento de 10,4% no número de novas empresas no primeiro semestre de 2024. O levantamento que acaba de ser divulgado é do IPC Maps.
De acordo com a pesquisa, no primeiro semestre de 2024 foram abertas 7.770 novas empresas industrias na RMC, totalizando 82.627 CNPJs em atividades (eram 74.857 no ano passado).
Segundo o IPC Maps, as empresas enquadradas como MEI (Micro Empreendedor Individual (MEI) são a maioria em atividade (58.215, sendo 6.280 abertas neste ano, um aumento de 12,1%). As chamadas ME (Micro Empresas) aparecem na segunda posição, com 11.355 unidades (1.175 novas, crescimento de 11,5%),seguidas pelas EPP, que são 5.285 (esse segmento teve 48 encerramentos no semestre), e as demais categorias, com 7.775 (36 novas, com alta de 4,9%).
De acordo com o IPC Maps, o setor industrial brasileiro aumentou 7,1% sua representatividade na economia brasileira, com saldo positivo de cerca de 252 mil novas empresas entre abril de 2023 e abril de 2024. Atualmente, o País concentra cerca de 3,8 milhões de unidades industriais — sendo 1,9 milhão situada só na Região Sudeste.
Os maiores mercados industriais atualmente são, respectivamente, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Em uma década: 4,3 mil novos imóveis foram lançados em Campinas a cada ano
Mesmo com o alto custo de vida – 4º maior do Brasil -, Campinas continua sendo uma cidade atrativa para as pessoas morarem ou investirem e altamente rentável para o mercado imobiliário. No período de 2013 e 2023, a cidade recebeu 43.344 novos imóveis residenciais, com uma média de 4.334 lançamentos a cada ano. Os números são de uma pesquisa realizada pela Urban Systems, consultoria de inteligência de mercado.
O levantamento mostra que a maior preferência dos compradores foi na faixa de até R$ 250 mil (35% dos apartamentos lançados na cidade nos últimos 10 anos). Já os imóveis voltados para o público de alta renda – acima de R$ 1,3 milhão – somaram 3.206 unidades na década, sendo que 1.802 foram colocadas no mercado nos últimos três anos. Mesmo com o alto volume de lançamentos, a grande maioria dos imóveis tiveram alta valorização em dez anos: 64,8% têm um valor de venda de até R$ 450 mil.
As regiões da Vila Industrial, Jardim Aurélia e Jardim Ieda concentraram 35,3% do total lançado nos últimos dez anos, com predominância de imóveis com até 45 m² de área útil. A Vila Industrial registrou 5.298 lançamentos. Em segundo lugar aparece o Jardim Ieda, 5.007, enquanto que o Jardim Aurélia recebeu 5.001 unidades.
E o número de lançamentos não para de subir em Campinas, assim como nas cidades vizinhas, o que pode ser observado com o volume de canteiros de obras e obras de terraplenagem em todas as regiões. Sem contar as empresas que observam o mercado da cidade. Segundo Daniel Peres, vice presidente de Engenharia da Construtora Rio Verde, a empresa “vem acompanhando com atenção o mercado local para futuros lançamentos”.
CURTAS
Imóvel sobe 5,37% no primeiro semestre
O preço do imóvel em Campinas teve alta de 5,37% no primeiro semestre. O preço médio do m2 na cidade, atualmente, vale R$ 6.539, com valorização de R$ 352 em seis meses, acima da média nacional, segundo estudo divulgado pela FipeZAP
Região nos planos de expansão da Soneda
A cidade de Campinas foi escolhida pela rede de perfumarias Soneda para o início de seu plano de expansão. Criada em Franco da Rocha e com atuação na Capital, a empresa agora foca o interior paulista. De olho nas classes A e B, a rede inaugura sua unidade regional em novembro, no Shopping Iguatemi. O plano de investimento da Soneda para abertura de unidades no interior terá investimento de R$ 24 milhões em investimentos neste ano.
Inadimplência em alta
Levantamento realizado pela Serasa Experian traz um dado preocupante sobre a saúde financeira das empresas de Campinas. A cidade tem 51.386 atualmente negócios inadimplentes, o maior número desde 2020. As dívidas em atraso somam R$ 1,4 bilhão. Em média, cada CNPJ tem 8 contas negativadas.
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