Com obras iniciadas no primeiro semestre deste ano, o novo Centro de Operações do Mercado Livre, instalado em Sumaré, na Região Metropolitana de Campinas (RMC) iniciou suas atividades. Localizado na estrada que liga a cidade à Paulínia, o Centro de Operações da multinacional de logística vai contar com cerca de 3 mil trabalhadores. A escolha do local reflete a visão estratégica da empresa em relação à logística e ao acesso aos principais centros comerciais da região.
A instalação do centro reforça a posição de Sumaré como um polo estratégico para grandes empresas, graças à sua localização privilegiada e infraestrutura adequada. Com uma taxa de desemprego de apenas 0,5%, a cidade consolida seu papel como referência em geração de emprego e renda, alavancado por políticas públicas eficazes e iniciativas que fortalecem o mercado de trabalho.
A nova unidade faz parte do plano de crescimento da companhia de origem argentina e do próprio mercado nacional de marketplace. A empresa projeta investir até o final deste ano R$ 23 bi no país, um aumento de 21,1% na comparação com 2023.
Recentemente, o vice-presidente sênior do Mercado Livre e líder das operações de marketplace da companhia no Brasil, Fernando Yunes, disse à Reuters que essa aceleração de investimentos pode ser atribuída à intenção da empresa de continuar ganhando participação no Brasil em 2024 e às expectativas de um mercado ligeiramente melhor em comparação com o ano passado.
Aquisições e fusões agitam o setor hospitalar da região de Campinas; HSI compra Vera Cruz
A área hospitalar da região de Campinas tem tido um final de ano bastante movimento. Menos de um mês após anúncio da parceria da Rede D’Or com o Bradesco, envolvendo o Hospital São Luiz Campinas, agora é a vez de outro gigante do setor ser adquirido. Segundo o Brazil Journal, um fundo imobiliário da HSI Investimentos fechou a compra do prédio do Hospital Vera Cruz, em Campinas, localizado a poucos metros do concorrente.
O Vera Cruz, fundado há mais de 80 anos, pertence à Hospital Care, a holding de saúde controlada pela família Horn (ligado à construção civil) e pela Crescera Capital, com 13 ativos em seu portfólio. Elie Horn e a Crescera compraram o Vera Cruz em 2017, quando o hospital faturava perto de R$ 250 milhões
De acordo com o Brazil Journal, fontes disseram que a transação da HSI foi feita por meio da joint venture que a gestora criou com Enrico De Vettori, um ex-executivo da UnitedHealth (e com passagem pela Amil) que traz sua expertise no setor de saúde. Enrico já disse publicamente que a JV quer investir R$ 1 bilhão em ativos imobiliários no setor, chegando a mais de mil leitos. Este foi o primeiro investimento do veículo, que tem parte do funding vindo do GIC.
Hospital São Luiz Campinas
Inaugurado em maio de 2023 na área da antiga rodoviária, após investimento de R$ 350 milhões, o Hospital São Luiz Campinas terá novos aportes no total de R$ 493 milhões. Segundo o comunicado do grupo, no início do mês, os R$ 490 milhões serão utilizados para a ampliação do hospital, que passará dois atuais 242 leitos para 325 leitos.
A Rede D’Or e o Bradesco são parceiros, desde maio, na rede Atlântica D’Or. Até a semana passada, ela se concentrava nas unidades de Macaé (RJ), Alphaville (SP) e Guarulhos (SP).A operação de Campinas passa a ser a quarta da rede e passa a ter 50,01% das ações pela Rede D’Or e 49,99% pela Atlântica Hospitais, controlada pelo Bradesco.
Curtas
Raízen estuda a venda da rede Oxxo
Tendo Campinas como marco zero, onde foi inaugurada a primeira unidade, na região central, e hoje com cerca de 500 lojas no Brasil, rede de varejo mexicana Oxxo, que tem como uma das sócias a Raízen, pode estar à venda. A medida em estudo tem por objetivo levantar recursos e ajudar a Cosan, principal acionista da Raízen, a reduzir a alavancagem da dívida. As vendas também incluiriam usinas de etanol de segunda geração. O Oxxo, que é uma parceria entre a Raízen e a Femsa.
Empresas da região entre as maiores no segmento de TI e Telecomunicações
O Ranking Valor 1000, elaborado pelo jornal Valor Econômico tendo como base a renda líquida das companhias, traz duas empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC) entre as maiores do segmento de TI e Telecomunicações do Brasil: a Ci&T, nascida na Unicamp e hoje com unidade nos Estados Unidos, ocupa a 21ª posição. Já a Desktop, do setor de internet e com sede em Sumaré, está em 29ª lugar.
Comentários: