Com sede em Indaiatuba, a Matera, empresa de software que fornece infraestrutura bancária digital aos clientes, vai atuar em um negócio. A empresa anunciou nesta semana a comprar da InfoTreasury, um SaaS que faz operações de tesouraria mais complexas, como hedges, derivativos e COE. O valor do negócio não foi divulgado, segundo o portal Fusões e Aquisições.
Fundada em 2000, a InfoTreasury faturou R$ 12 milhões no ano passado e tem 12 colaboradores. “Essa aquisição é um passaporte da alegria para nós, pois os bancos de investimento representavam um mercado em que não conseguíamos entrar,” o fundador e CEO da Matera, Carlos Netto, conhecido no mercado por “TK”, disse ao Brazil Journal.
Soma Solution investe R$ 20 milhões em novo complexo em Valinhos
De olho na expansão no mercado no mercado paulista, o Grupo Soma Solution, com atuação no fornecimento de equipamentos para marcação, automação, codificação e inspeção de produtos, vai investir R$ 20 milhões em Valinhos. O recurso será utilizado na construção de uma sede, galpões e de um centro de distribuição nacional.
“Em 2023, crescemos 10% no Sul e tivemos crescimento expressivo em São Paulo. Esse deverá ser o principal mercado para a empresa”, disse o presidente Gustavo Müller Martins.
Segundo a empresa, os investimentos serão feitos em duas etapas. A primeira, entre 2024 e 2026, com R$ 10 milhões; a segunda, no mesmo montante, no biênio seguinte (2027-2028). Os valores serão utilizados para aquisição de um terreno de 10 mil m² e ainda a construção da infraestrutura em parte dessa área.
O complexo ficará próximo à Rodovia Anhanguera. Além do modal rodoviário, estará atendido também por ferrovias e pelo modal aéreo. “Concentraremos estoques e distribuição nesse novo centro, diminuindo custos com administração, logística e ganhando em operação e produtividade”, assinala o presidente do Grupo Soma Solution.
Empresas do grupo se instalaram em Valinhos na virada de 2021 para 2022. A atual unidade, de 500 metros quadrados, já estava ficando pequena para os negócios e projetos traçados.
Importações e exportações da RMC registram queda em março
O Observatório PUC-Campinas divulgou o levantamento e análise de dados referentes à balança comercial da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no mês de março. Os dados apontaram uma diminuição de -21,69% nas exportações e diminuição de -10,28% nas importações da RMC, resultando em queda de -3,21% no déficit comercial regional. As participações nas importações e exportações do estado de São Paulo foram de 19,65% e 5,56%, respectivamente, a menor desde março de 2018 e a menor dos últimos 10 anos.
Em 12 meses, houve diminuição de -8,49% nas exportações e diminuição de -18,84% nas importações da RMC, resultando em queda de -23,67% no déficit comercial regional.
Destaca-se a queda do valor das exportações de pneus, tratores e partes de motores. Houve queda do valor importado de compostos heterocíclicos de nitrogênio, agroquímicos e ácidos nucleicos e seus sais, já óleos de petróleo ou de minerais betuminosos apresentou um grande crescimento.
Houve diminuição relativa das exportações para praticamente todos os principais destinos, com destaque para Alemanha e Argentina.
Foi registrada diminuição relativa das importações de praticamente todas as principais origens, com destaque para China e Estados Unidos, já a Rússia apresentou um crescimento expressivo.
As análises mais recentes do Observatório PUC-Campinas apontam para um ano de aumento nas importações (var. 3,02%) e de expressiva queda das exportações (var. -12,44%). Em relação as últimas previsões, nota-se que os dados de exportação do mês de março indicaram uma piora significativa tanto na taxa de variação das exportações (var. anterior era de -8,87%), quanto das importações (var. anterior era de 6,90%). A redução das importações previstas pode estar relacionada a queda no valor importado tanto de bens acabados como bens intermediários. Reduções expressivas na importação de bens intermediários indicam, em geral, queda do ritmo da produção industrial.
Os dados utilizados nas análises são da base do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além dos dados quantitativos, agregados e desagregados por município, apresenta-se a qualificação da pauta de exportação e importação da RMC a partir de cruzamentos dos dados de comércio com os Índices de Complexidade de Produtos (PCI), calculados pelo Observatório de Complexidade Econômica do MIT Media Lab. Por fim, este informativo é concluído com uma previsão do comportamento da balança comercial para o ano de 2023.
31% dos bares e restaurantes da Região Metropolitana de Campinas operam no vermelho, aponta pesquisa da Abrasel
Pesquisa da Abrasel (associação Brasileira de Bares e Restaurantes) realizada em março acende sinal de alerta para o setor de bares e restaurantes em 2024. Ainda lutando para se livrar de dívidas acumuladas, 31% das empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC) operaram no vermelho em fevereiro. O número regional é semelhante ao apurado nacionalmente – pior índice desde março do ano passado. Além disso, outros 34% dos estabelecimentos da RMC trabalharam em equilíbrio e 35% tiveram lucro (acima do índice nacional, que foi de 31%).
Ainda segundo a pesquisa, três dos principais fatores responsáveis pelo desempenho negativo das empresas que operaram em prejuízo foram a queda das vendas no mês (75%), redução do número de clientes (75%) e custo de alimentos e bebidas (44%).
Quanto a inflação no setor, os estabelecimentos seguem com dificuldades de ajustar os preços do cardápio acima do índice geral: somente 29% reajustaram o cardápio, sendo 61% conforme ou abaixo da inflação e apenas 10% reajustaram acima do índice.
Os dados da pesquisa indicam uma situação alarmante para o setor de bares e restaurantes, onde 31% dos negócios estão operando com prejuízo. Isso sublinha os obstáculos consideráveis que enfrentamos”, diz Mateus Mason, presidente da Abrasel Regional Campinas. “Observou-se uma diminuição nas vendas em janeiro, seguida de uma pequena melhora em fevereiro devido ao carnaval, embora essa melhoria não tenha sido suficiente para ser considerada uma recuperação pelos proprietários dos estabelecimentos. Além disso, enfrentamos o desafio de reajustar os preços dos nossos menus para compensar as perdas anteriores”, diz ele.
O presidente da Abrasel revela a construção de um plano para resgate do setor, em função dos problemas crônicos que persistem desde a pandemia: "contratamos um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que vai se aprofundar nas causas das dificuldades que o setor vem enfrentando, já propondo caminhos e medidas que podem ser tomadas para resolvê-las de vez. Esperamos poder apresentar estas propostas o mais breve possível às autoridades e à sociedade. Só com o trabalho em conjunto podemos retomar os trilhos", completa Solmucci.
A pesquisa indicou que 26% das empresas da região têm dívidas em atraso. Destas, 79% devem impostos federais, 39% devem impostos estaduais, 31% têm empréstimos bancários, 31% devem encargos trabalhistas/previdenciários, 23% devem serviços públicos (água, luz, gás, telefone), 31% devem fornecedores de insumos, 8% devem taxas municipais, 15% devem aluguel e 15% devem fornecedores de equipamentos e serviços.
Reforço da mão de obra
Apesar dos desafios enfrentados pelos estabelecimentos, 21% dos empreendedores pretendem contratar mão de obra no primeiro semestre de 2024. 63% esperam manter o atual quadro de funcionários e apenas 10% pensam em demitir. 6% ainda não se decidiram.
Dados recentes da PNAD – índice do IBGE que mede os empregos formais e informais no país – indicou que, só nos últimos três meses (dez-jan-fev), os bares e restaurantes geraram cerca de 70 mil novos empregos, com crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior. O resultado está na contramão do índice nacional, que apresentou redução de 0,3% no número de pessoas ocupadas.
Curtas
Construtora dá título de clube para vender imóvel
Com a concorrência cada vez mais acirrada pelos clientes, uma construtora de Campinas adotou uma estratégia de marketing inusitada para alavancar vendas de um lançamento no bairro Cambuí, em Campinas. Quem comprar um apartamento leva um título de um clube no bairro.
Fiesp espera gerar R$ 2,5 milhões em rodada de negócios
Na primeira rodada do ano em todo o Estado de São Paulo, a Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) espera gerar R$ 2,5 milhões em negócios entre as indústrias regionais. Para atingir essa meta, estão programadas 1,1 mil reuniões em uma única tarde, com presença de mais de 20 grandes empresas já confirmadas. A expectativa é de que participem 100 empresas. A rodada acontece no dia 24 de abril, das 13 às 18 horas
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