Nos últimos anos, a região de Campinas virou um polo de atração de bilionários investimentos de Data Centers. O último deles foi anunciado no início de março pela A CloudHQ, na cidade de Paulínia, com investimento de R$ 10 bilhões.
Um novo empreendimento começará a ser erguido na região. A gigante do setor de tecnologia Microsoft iniciou as obras de construção doo prédio para abrigar um Centro de Processamento de Dados, na cidade de Sumaré. O empreendimento vai ocupar uma área de 300 mil metros quadrados.
A multinacional mantém o valor do investimento sob sigilo. Já o número de empregos gerados deverá girar em torno de 50. O empreendimento é visto com bons olhos pela administração e o comércio local, por conta dos impactos gerados na cidade, com aumento na arrecadação de impostos, empregos e gastos na economia local.
Um estudo da Arizton Advisory & Intelligence mostra que o mercado de data centers na América Latina deve ultrapassar a marca de US$ 7,8 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual composta) de 7,6%. O Brasil lidera esses investimentos, sendo responsável por 40% deles, sendo boa parte direcionada para a Região de Campinas.
Aquecimento do setor imobiliário provoca apagão de corretores na RMC
Mesmo com uma queda de 14,4% nas vendas no primeiro semestre ante o mesmo intervalo do ano passado - de 5.575 unidades (2022) para 4.770 (2023) - o setor imobiliário da Região Metropolitana de Campinas (RMC) mantém sinais de aquecimento, com atração de novas empresas e aumento no número de lançamentos, na ordem de 31,9%.
Um indicador que aponta para o momento favorável, apesar da queda nas vendas, é o “apagão” de corretores para atender à demanda do setor imobiliário. Nas cidades da região, seriam necessários 25% a mais de profissionais para dar vazão ao aluguel e à venda de imóveis novos e usados, aponta levantamento realizado pelo Creci-Regional Campinas. No último ano, a região registrou um aumento de 20% no número de corretores.
“Esta é uma das profissões do momento”, observa José Carlos Sioto, delegado do Creci-Regional Campinas. Somente no município, indica o levantamento, há mil imobiliárias com 6.500 profissionais credenciados para atuarem como corretores. O crescimento do mercado imobiliário na região se revela ainda mais promissor até o final do ano. “Mas para atender à demanda de venda e aluguel de imóveis seria preciso contar com 25% a mais de profissionais do que temos hoje em atuação”, afirma.
Unicamp e EMBRAPII inauguram unidade de referência para inovação em energias renováveis
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) inauguraram na semana passada a nova unidade de referência voltada à inovação em energias renováveis no país. A Unidade EMBRAPII E-RENOVA está localizada na Faculdade de Engenharia Química (FEQ Unicamp), no campus da Unicamp em Campinas e terá investimento inicial previsto de R$ 4,8 milhões.
A E-Renova é uma unidade de competências em energias renováveis para o desenvolvimento de projetos em parceria com empresas do setor industrial, estimulando a transferência de conhecimentos e a busca de soluções tecnológicas. A unidade realizará estudos para criação de novos produtos e processos para a indústria a partir do processamento de biomassa, resíduos agroindustriais e biocombustíveis, especialmente aqueles de alta densidade energética, cujo potencial de desenvolvimento no Brasil é elevado. O objetivo é potencializar a competitividade brasileira com foco na sustentabilidade.
Rubens Maciel Filho, professor titular da FEQ Unicamp e coordenador da Unidade E-RENOVA, destaca o alcance que o novo centro de pesquisa pode atingir: “as energias e combustíveis de fontes renováveis, incluindo as de biomassa, são fundamentais para contribuírem com a necessária descarbonização da economia. No caso do Brasil, é ainda um fator importante para a sustentabilidade, incluindo uma forte vertente para desenvolvimento social, pela abrangência e pujança do agronegócio no país”, afirma Maciel. Ele também descreve o protagonismo que o novo centro vai desempenhar:
A E-RENOVA é a segunda unidade de pesquisa credenciada pela Embrapii na Unicamp. A primeira já funciona no Centro de Química Medicinal (CQMED) e tem foco no desenvolvimento de biofármacos e fármacos. As pesquisas a serem desenvolvidas na E-RENOVA, por sua vez, serão direcionadas a novos processos e produtos em energias renováveis, como a produção de biocombustíveis a partir de resíduos agroindustriais – incluindo os de cana-de-açúcar, milho e florestais, gerados pela indústria de papel e celulose –, dentre outros.
A Unidade contará com um complexo de instalações de 11.762 m² de área construída, sendo 6.000 m² exclusivamente dedicados a laboratórios de pesquisa, que incluem 15 diferentes laboratórios disponíveis para desenvolvimento das pesquisas. No desenvolvimento dos estudos, também estão previstos o uso de ferramentas de simulação para avaliação técnico-econômica e análise de ciclo de vida e segurança de processos, permitindo assim uma visão integrada do sistema, além de operações otimizadas e controladas por computador. Espera-se que todos esses métodos proporcionem o desenvolvimento de novos processos sustentáveis.
As linhas de pesquisa iniciais abordam a produção de hidrogênio de fontes renováveis; biocombustíveis de longa distância, como diesel renovável, biodiesel, bioquerosene, óleos combustíveis e combustíveis marítimos; e biocombustíveis de elevada octanagem, como o etanol e o biobutanol. Também contempla estudos de coprocessamento de renováveis em refinarias de petróleo; estudo de rotas termoquímicas, como a conversão da biomassa em gás de síntese (gaseificação), bio-óleo e biocarvão (pirólise); e análises técnico-econômicas e de impacto ambiental de rotas de produção combustíveis e de energias renováveis.
CURTAS
ADNOC quer o controle da Brasken
A Petroleira árabe Adnoc fez na semana passada uma oferta de R$ 10,5 bilhões para a Novonor e bancos credores para aquisição do controle da Braskem. No estado de São Paulo, a Brasken mantém unidades no polo petroquímico do ABC e também na cidade de Paulínia, onde mantém uma unidade.
CPFL tem queda no faturamento...
A CPFL Energia, com sede em Campinas, teve lucro líquido de R$ 1,313 bilhão no terceiro trimestre de 2023. O montante representa redução de 7,5% ante o lucro entre julho e setembro do ano passado. No acumulado de nove meses, a companhia registrou lucro líquido de R$ 4,21 bilhões, valor 9,5% superior ao mesmo período de 2022.
E vai pagar dividendos milionário
Na mesma semana que divulgou seu balanço, a CPFL Energia anunciou o pagamento de R$ 700 milhões em dividendos para os acionistas da empresa.
Número de empresas com dívidas na região
Dois programas de refinanciamento de dívidas para empresas foram anunciados na semana passada e revelam um pedaço da crise e do número do endividamento regional e da. Junto ao governo do Estado, existem 874.931 débitos, que somam R$ 70 bilhões. Já em Campinas, a prefeitura espera com o novo Refis encher o cofre ao fechar acordo com 170.293 contribuintes com dívidas tributárias e não tributárias, que somam R$ 12,5 bilhões
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