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Segunda-feira, 07 de Julho de 2025
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A geração do quarto fechado

Ter espaço para privacidade, atividades e hobbies é importante para todos, mas quando o isolamento não é bom para saúde mental.

A geração do quarto fechado
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Atualmente adolescentes passam muito tempo no quarto, por necessidade de privacidade argumentam, mas até que ponto isso é saudável?

Desde que a Netflix lançou a minissérie  “adolescente”  a discussão voltou à tona, muitas vezes com maior preocupação sobre qual “diagnostico” do protagonista Jamie e menos sobre como podemos cuidar dos nossos jovens sem tolher a liberdade e  autonomia  deles.

Ter um espaço para privacidade, atividades e hobbies é importante para todos, mas quando o isolamento se torna excessivo, as consequências para a saúde mental e socialização são sem dúvida negativas.

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De imediato já se sugere que há uma dificuldade em falar sobre seus problemas e em pedir ajuda. Não menosprezemos os problemas de um adolescente, essa é a fase mais complicada do cognitivo humano: muitas dúvidas, muitos anseios, muita cobrança. Busca por se entender, entender o que esperam dele e o que ele espera do mundo. A dificuldade no controle de impulsos, em controlar as emoções e em tomar decisões são próprias da idade, porque o córtex pré-frontal (área do cérebro responsável por essas funções) ainda está em desenvolvimento.

 É o tempo que os adolescentes estão tentando estabelecer sua identidade, momento em que pais deixam de ser os heróis e a inspiração, e surge o primeiro conflito:  o da autoridade. É uma mudança de perspectiva e de valores.  Nesta fase há necessidade da reconstrução da relação. Estamos tão ocupados com as demandas da vida, com o trabalho, com o que precisamos ofertar e com o custo das coisas, que esquecemos que já fomos adolescentes e que já partilhamos de todas essas angústias... Os anos passam, o mundo muda, mas as dores são as mesmas... Nossos pais também foram os culpados por tudo, eram limitadores, queríamos sair de casa para viver a nossa vida ao nosso modo e não sabíamos para onde ir nem o que fazer...

Nada nos difere deles (nossos filhos) quando estávamos nessa fase e nada nos difere dos nossos pais neste momento: “Apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais” ( Belchior- cantor e compositor brasileiro).

Se além do isolamento, for perceptível sintomas de irritabilidade e ansiedade, ofereçam escuta ativa. Não há receita pronta, mas nada substitui o diálogo, o afeto, a companhia, a presença. Não é necessário que voltemos a ser os heróis de nossos filhos, mas imprescindível que eles saibam que somos quem eles podem confiar  e que ainda somos o porto seguro. E, é claro, não hesite em procurar ajuda profissional.

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