O aumento das vendas e no poder de consumo dos moradores da região estão no radar dos médios varejos de supermercado. De olho nesses públicos, três redes estão ampliando seus investimentos nas cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Em processo de expansão, a rede Pague Menos anunciou recentemente a compra de um terreno na cidade de Indaiatuba para instalação de sua segunda unidade. O município já conta com uma unidade da rede desde 2008 no bairro Cidade Nova.
“Tomamos a decisão de adquirir esse terreno numa área onde está o vetor de crescimento do município, que tem um potencial de crescimento, incluindo expansão imobiliária, por isso a decisão de investirmos nesse terreno para a construção de mais um Pague Menos”, disse Murilo Brotherhood, CEO da rede para o portal Giro News.
A empresa conta com 36 lojas em Americana, Boituva, Campinas, Santa Bárbara d'Oeste, Tietê e Valinhos.
Quem acaba de inaugurar mais unidade em Campinas é o Pão De Açúcar, com uma nova unidade na Avenida José Bonifácio, na Chácara da Barra. A loja ocupa prédio que antes abrigava uma padaria, e opera com a bandeira Minuto Pão de Açúcar.
Por sua vez, a rede campineira Covabra está ampliando sua presença em Rio Claro, onde atua há 26 anos. Com duas lojas em funcionamento na cidade do interior paulista, uma no bairro Santana e outra no Jardim São Caetano, a rede se prepara para abrir a terceira unidade no município. Também está previsto inaugurar uma loja em Indaiatuba no primeiro semestre de 2025.
O supermercado será instalado onde antes funcionava o Enxuto, que encerrou sua operação na cidade. Com previsão de inauguração até o final de novembro, a loja está passando por melhorias e adequações para seguir o padrão do Covabra. Atualmente, a rede possui 19 unidades em 11 municípios do interior de São Paulo.
Centro de pesquisa com foco em conexão 5G e IA generativa na região terá apoio da FAPESP e Claro
A FAPESP e operadora de telefonia Claro lançaram no último dia 21 de agosto uma chamada de propostas para a criação de um Centro de Pesquisa em Engenharia/Centro de Pesquisa Aplicada (CPE/CPA) voltado ao desenvolvimento de soluções em conexão 5G e inteligência artificial (IA) generativa para três áreas: Smart Cities, Indústria 4.0 e Agro.
O programa CPE/CPA prevê a constituição de centros apoiados pela Fundação em parceria com empresas ou entidades do governo, com a finalidade de promover financiamento de longo prazo e executar projetos de pesquisa complexos, na fronteira do conhecimento, orientados a problemas e à busca de resultados bem definidos e que colaborem para a formação de um centro de pesquisa de classe mundial durante sua existência. Adicionalmente, o centro deve desenvolver meios efetivos de transferência de tecnologia, educação e disseminação do conhecimento.
“Trata-se do maior programa de cooperação em pesquisa entre a academia e empresas do país. Para a FAPESP, é importante ter a Claro como parceira nessa iniciativa para, assim, garantir financiamento de longo prazo a um CPE com pesquisas voltadas ao desenvolvimento de soluções em temas como Smart Cities, Indústria 4.0 e Agro”, destacou Marco Antonio Zago, presidente da Fundação.
Participará do centro um cientista indicado pela Claro, que terá prerrogativas de um pesquisador visitante na instituição-sede e atuará como vice-diretor do CPE. Espera-se que o centro contribua com transferência de conhecimento para a Claro e para a sociedade e que as pesquisas desenvolvidas em seu âmbito possam subsidiar a realização de projetos em parceria com órgãos responsáveis por políticas públicas, a interação com o sistema educacional e a geração de pequenas empresas.
Na vertical Smart Cities, espera-se que o novo centro busque pesquisas que visem disseminar a aplicação da conectividade em toda a infraestrutura urbana de forma a habilitar o planejamento, a operação e a otimização dos serviços públicos baseados em dados com coleta e transmissão em tempo real, tendo como foco três principais frentes: mobilidade, segurança e sustentabilidade. Quanto à vertical Agro, deverão ser conduzidas pesquisas que acelerem a disponibilidade de conectividade no campo para habilitar a comunicação e o monitoramento ativo de toda a cadeia de produção agropecuária.
E, na vertical Indústria 4.0, o propósito principal será desenvolver soluções e aplicações de baixo custo que possam otimizar processos, aumentar a eficiência, reduzir custos e melhorar a produtividade das indústrias.
O apoio da FAPESP e da Claro ao centro será de até R$ 4 milhões ao ano, sendo 50% provenientes da FAPESP e 50% da Claro. A duração será de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por até dez anos, totalizando um investimento máximo de R$ 40 milhões.
Plataformas de E-commerce no Brasil passam a exigir registros de marcas das empresas
Com o isolamento provocado pela pandemia, o comércio eletrônico no Brasil ganhou popularidade entre os consumidores e um dos principais canais de vendas para as empresas, com cerca de 2 milhões de lojas virtuais. As projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indicam que o comércio eletrônico pode atingir R$ 205,11 bilhões até o final do ano no país. E o número de pedidos deve atingir o total de 418,6 milhões, com 92 milhões de compradores.
Grandes conglomerados como Amazon. Mercado Livre e Shoppe são as principais plataformas de E-commerce utilizadas pela maioria das lojas virtuais em operação para atingir o público final. Mas um número significativo de empresas que utilizam essas infraestruturas acaba tendo problemas na hora da entrega do produto vendido, deixando o cliente no prejuízo, gerando problemas de imagens e processuais para as plataformas.
Nomes como Amazon e Mercado Livre já estão exigindo que as empresas brasileiras interessadas em utilizar seus canais e infraestrutura passem a apresentar, obrigatoriamente, o registro de marcas. Essa nova exigência visa aumentar a segurança e a confiança dos consumidores, garantindo que as marcas que operam na plataforma sejam legítimas e confiáveis.
Marcelo Brandão, diretor da Unidade Campinas da Vilage Marcas e Patentes, explica que no caso do Mercado Livre, a plataforma vai retirar no segundo semestre o “selo de loja oficial” de quem não tiver a marca devidamente registrada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Apenas vendedores autorizados poderão operar como lojas oficiais na plataforma. A Amazon também está exigindo com que as empresas apresentem o número do registro de marca fornecido pelo escritório de Propriedade Intelectual.
Para Brandão, as novas medidas mostram o compromisso das grandes plataformas em promover um ambiente de compras mais seguro e profissional tanto para consumidores quanto para vendedores. “Além da proteção e exclusividade que o Registro de Marca proporciona, ele também garante que você não terá problemas ao listar seus produtos nas maiores plataformas de vendas do Brasil”, afirma ele.
Brandão conta, também, que outra vantagem proporcionada pela obrigatoriedade do registro da marca é de evitar os chamados crimes cibernéticos. E cita como exemplo a ação desencadeadas em agosto pelo CyberGaeco, unidade do Ministério Público (MP) especializada em crimes cibernéticos, contra websites falsos que tiveram mais de 137 mil acessos nos últimos seis meses, com vítimas em todo país.
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