Considerada um corredor de turistas e principal cidade da Região Metropolitana no quesito de infraestrutura hoteleira, Campinas passa a integrar a Rota do Vinho, um programa criado pelo Governo do Estado de São Paulo, através da agência DesenvolveSP, com o objetivo de estimular e desenvolver o turismo e o agronegócio. O consumo da bebida no País, de 2,7 litro per capita – estável em relação 2022 - , está na contramão do mercado internacional, onde a expectativa para este ano de 2024 é de uma queda global de 1% ao ano, até 2026.
A Rota do Vinhos de São Paulo conta com 55 vinícolas, distribuídas em cinco rotas. Rota da Alta Mogiana (Ribeirão Preto e região); Rota dos Bandeirantes (São Roque e região); Rota do Circuito das Frutas (Jundiaí e região); Rota Serra dos Encontros (Espírito Santo do Pinhal e região) e Rota do Alto da Mantiqueira (São Bento do Sapucaí e região), que envolvem 55 vinícolas. Outras 11 vinícolas foram organizadas como enodestinos e estão localizadas em dez municípios: Campinas, Piracicaba, Águas da Prata, Amparo (2), Leme, Penápolis, Bofete, São Paulo, São Miguel Arcanjo e Ribeirão Branco.
Ao criar esse programa, o Governo do Estado de São Paulo visa destacar o potencial da cadeia produtiva do vinho, conectando vinícolas de diferentes regiões, além de promover o enoturismo.
A iniciativa nasceu a partir do diálogo entre o governo e produtores locais, impulsionado pelo crescimento expressivo na produção de vinho em São Paulo, que registrou um aumento de 800% no cultivo de videiras em 2023. Segundo o estado, o programa visa não apenas promover os vinhos paulistas, mas também criar um ecossistema econômico que beneficie as comunidades envolvidas, incentivando o surgimento de novos negócios.
Em Indaiatuba há um movimento crescente de produção de vinho artesanal a partir do bairro de Videiras que também visa fomentar o turismo rural.
Padtec internacionaliza negócios com unidade na Colômbia
Com sede em Campinas, a Padtec está internacionalizando suas operações, com a abertura de uma unidade de Serviços Premium na Colômbia – a primeira fora do Brasil. O foco dessa nova linha de negócios da empresa será a oferta de uma série de serviços especializados para atender às necessidades do setor de telecomunicações.
Hernán Yepes, gerente da Padtec Colômbia e da região CALA Norte, destaca a importância da iniciativa, especialmente neste momento em que o mais recente Boletim trimestral do setor de TIC, divulgado pelo Ministério das Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, aponta progressos importantes na conectividade no país, com um aumento de 24,4% no número de acessos por cem habitantes.
Além disso, a velocidade média de download no país saltou de 14,5 Mbps para 161,6 Mbps entre 2019 e 2023. Nesse mesmo período, de acordo com o Boletim, o número de provedores de internet com mil a 10 mil assinantes registrou um crescimento de 366% na Colômbia.
A nova unidade de serviços Premium na Colômbia irá proporcionar aos provedores de internet acesso a conhecimentos especializados, recursos e ferramentas avançadas capazes de melhorar a qualidade, eficiência e segurança de suas redes, garantindo o cumprimento de padrões e questões regulatórias. Entre os serviços oferecidos, destacam-se o diagnóstico e calibração de redes ópticas, outsourcing especializado, capacitação avançada em redes ópticas e redes IP/MPLS (Internet Protocol/Multiprotocol Label Switching), serviços de NOC e certificação de redes.
Nova Instrução Normativa da Previdência acaba com a livre concorrência no crédito consignado, alerta entidade de Campinas
Publicada no último dia 30 de agosto pelo Ministério da Previdência Social / Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Instrução Normativa (IN) número 172, com entrada em vigor em 2025, acaba com a livre concorrência no mercado de crédito consignado e coloca em perigo o trabalho e renda de cerca de 400 mil correspondentes bancários em todo o Brasil. O alerta é da Associação Brasileira de Correspondentes Bancários (ABCORBAN). A IN determina que, a partir do dia 2 de janeiro do próximo ano, os aposentados e pensionistas só poderão fechar empréstimo junto ao banco onde o pagamento é realizado pela Previdência.
Atualmente, os cerca de 250 mil entrantes mensais do sistema da Previdência Social podem escolher a instituição bancária de sua preferência para fazer o pedido de empréstimo consignado – 35% do limite do recebimento, 5% em forma para contratação de cartão crédito consignado e mais 5% em contratação de cartão de crédito benefício. Com a entrada em vigor na nova IN, os novos aposentados e pensionistas só poderão pedir empréstimo, nos 90 dias iniciais, onde ele recebe da Previdência. A portabilidade de bancos só poderá ocorrer após este período.
Para o presidente da ABCORBAN, Tiago Mauschi, a Instrução Normativa da Previdência e do INSS privilegia as instituições financeiras que venham a ganhar o pregão da folha ao estabelecer preferência às instituições que farão o pagamento de benefícios do INSS. “Essa medida acaba com a livre concorrência do mercado é inconstitucional, pois contra o que institui o Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (CNDC), que formula e propõe recomendações aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, além de colocar em risco o trabalho e a renda de 400 mil correspondentes bancários em todo o País”, alerta Mauschi.
“Para beneficiar o banco que ganhou o leilão para fazer os pagamentos dos benefícios, essa medida impõe uma barreira de pelo menos três meses para que as pessoas possam escolher onde e com qual instituição quer trabalhar, sendo que após este período é difícil você fazer a portabilidade da conta, pelo valor já devido”, afirma o presidente da ABCORBAN.
Outro ponto negativo apontado pelo presidente da ABCORBAN diz respeito à cesta que a instituição beneficiada poderá impor ao beneficiário na hora de liberar o crédito, além da venda casada de produtos. “A taxa de juros até pode estar tabelada em 1,66%, mas o cliente vai ter que arcar com produtos atrelados pelo banco que gere a folha de pagamento da previdência”, alerta ele.
Os cerca de 400 mil correspondentes bancários em atividade hoje são responsáveis por 65% do crédito consignado do INSS, que é a modalidade de crédito mais barato à população, com 14,5 milhões de tomadores de empréstimos. Aposentados e pensionistas representam entre 15% e 18% de cada município. Segundo o Ministério da Previdência, cerca de 60% das prefeituras sobrevivem às custas das aposentadorias e benefícios pagos pela Previdência Social.
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