O mercado de trabalho na região de Campinas dá sinais de força neste ano. No primeiro semestre de 2024 foram gerados 25,1 mil novos postos de trabalho na Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, O número representa uma alta de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo o Observatório do Emprego da PUC-Campinas, no segundo trimestre (abril, maio e junho) foram 4.887 novos contratos firmados.
A média de remuneração dos admitidos no segundo trimestre ficou em torno de R$ 2.353,87. No acumulado do semestre, a remuneração média ficou em torno de R$ 2.338,74 – aproximadamente 5,3% superior à média das remunerações pagas em igual período em 2023, percentual que repõe a inflação de 3,6% do período e garante a ampliação do poder de compra.
Entre os contratos novos, quem puxou a fila foi o setor de serviços, responsável por 53% dos novos empregos. Na sequência, aparecem as atividades industriais (24%) e a Construção Civil (20%).
Só no segundo trimestre, a cidade de Campinas foi responsável por 73% de todas as contratações da região. No acumulado, a cidade lidera com saldo de 38% das contratações.
“A dinâmica do emprego na Região Metropolitana de Campinas neste segundo trimestre ainda confirma o cenário de recuperação do emprego em 2024. Apesar dos resultados de maio e junho terem apontado uma perda de dinamismo, no acumulado, o saldo do 1º semestre ainda está acima do observado em igual período no ano passado”, comenta a assessora do Observatório Eliane Navarro Rosandiski.
EMS terá aporte de R$ 500 milhões do BNDES
De janeiro a julho deste ano, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mais de R$ 2 bi para o segmento de fármacos, 33% a mais que o total de 2023. Do total anunciado, a farmacêutica EMS, com sede em Hortolândia, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), receberá R$ 500 milhões nos próximos anos para desenvolvimento de novos produtos.
O anúncio dos novos aportes – R$ 1,39 milhões - ocorreu no último dia 14, em evento sobre investimentos no Complexo Econômico da Saúde, no Palácio do Planalto, em Brasília. São três operações de financiamento a planos de pesquisa, desenvolvimento e inovação da indústria farmacêutica nacional, sendo
R$ 500 milhões para a EMS, R$ 390 milhões para a Aché e outros R$ 500 milhões para a Eurofarma.
O laboratório EMS investirá os recursos na produção de oito medicamentos genéricos para diabetes e câncer, e em 17 inovações em anti-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos e outros fármacos para ansiedade, insônia e náusea. Os investimentos fazem parte do plano de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa, projeto alinhado com os desafios listados pelo Ministério da Saúde.
Dos oito medicamentos genéricos a serem fabricados, cinco visam ao controle de diabetes e três destinam-se ao tratamento da leucemia mieloide crônica, câncer de próstata e carcinoma de células renais. Seis desses produtos são inéditos no Brasil.
Projeto de Nuvem da Unicamp recebe R$ 16 milhões
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está recebendo um aporte de R$ 16 milhões para um projeto de modernização de seu ambiente de computação em nuvem. Do total, R$ 5,5 milhões são destinados pela multinacional Dell Technologies, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e outros R$ 10,5 milhões feito pela própria instituição. A iniciativa visa transformar a experiência de ensino e pesquisa na universidade, proporcionando uma plataforma mais robusta e versátil.
O projeto envolve a implementação de uma nuvem híbrida (multicloud) com infraestrutura de datacenter alocada dentro da própria universidade, prometendo maior autonomia e facilidade de uso para a comunidade universitária. A Infraestrutura Hiperconvergente (HCI) da Dell Technologies, como os servidores PowerEdge R7525 equipados com processadores AMD EPYC™, que proporcionam desempenho excepcional e eficiência energética, e os switches PowerSwitch S5248F, está sendo utilizada para criar um ambiente de computação que hospedará até 2.000 Máquinas Virtuais (VMs).
Isso permitirá a oferta de vários modelos de consumo de tecnologia, como Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS), além de possibilitar a integração efetiva com nuvens públicas.
A implementação da Nuvem Unicamp 2.0 visa facilitar o acesso a recursos tecnológicos de ponta para todos os membros da comunidade universitária. O projeto pretende tornar a utilização da nuvem um processo simples e intuitivo, atraindo mais usuários e incentivando a inovação. Além de proporcionar uma ferramenta de aprendizado valiosa para os alunos, a nova infraestrutura de nuvem híbrida será uma aliada fundamental na sustentabilidade e crescimento contínuo da universidade.
A nova estrutura conta inicialmente com 18 servidores e 12 switches fornecidos pela Dell Technologies, ainda permitindo sua expansão. Essa possibilidade permitirá uma contínua atualização e ampliação da nuvem privada, assegurando robustez e diversificação dos serviços oferecidos. A demanda crescente da universidade por recursos tecnológicos será atendida com folga nos próximos anos. Um dos objetivos é também garantir a sustentabilidade de médio prazo dessa estrutura de computação em nuvem.
Com esta modernização, a Unicamp se posiciona na vanguarda tecnológica entre as instituições de ensino superior no Brasil, demonstrando seu compromisso com a excelência em pesquisa e ensino. A parceria com a Dell Technologies consolida a universidade como um polo de inovação, preparado para enfrentar os desafios tecnológicos do futuro com infraestrutura de ponta e serviços de qualidade superior.
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