Considerado o principal polo industrial do País, São Paulo responde por uma parcela significativa do Valor da Transformação Industrial (VTI), que representa a força da atividade industrial em uma determinada região. O VTI é calculado como a diferença entre o valor bruto do que foi produzido pela indústria e o custo das operações de produção. Ele é um indicador crucial para entender o desempenho e a relevância das atividades industriais em diferentes setores.
A Fundação Seade divulgou dados sobre o Valor da Transformação Industrial gerada no País, que apontam que, se fossem unidades federativas, três regiões administrativas paulistas estariam figurando separadamente entre as dez maiores áreas industriais do País: Campinas (11,9%), a Região Metropolitana de São Paulo – RMSP (9,9%) e São José dos Campos (3,2%). Essas informações foram obtidas a partir de dados referentes ao ano de 2021 da Pesquisa Industrial Anual do IBGE.
O estudo da Fundação Seade também apresenta números para as regiões administrativas do Estado de São Paulo em comparação com os Estados brasileiros em cinco setores industriais: automotivo, máquinas e equipamentos, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, produtos químicos e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.
No setor automotivo, a Região Metropolitana de São Paulo detém mais de 20% da produção nacional. O Estado de São Paulo como um todo tem 29 unidades industriais dedicadas à montagem de automóveis, máquinas rodoviárias, motores e componentes, número que representa mais de 43% das fábricas. São Paulo concentra 51,65% do valor da transformação industrial (VTI) e 51,22% do pessoal ocupado do segmento de fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias nacionais, conforme dados de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No de máquinas e equipamentos, mais uma vez a região de Campinas se destaca, com parcela de 19,2%. De acordo com a Fundação Seade, dos sete maiores grupos produtores nacionais e estrangeiros que atuam no País, quatro têm fábricas e outras unidades na Região Administrativa de Campinas, onde produzem carregadeiras, tratores, motoniveladoras, retroescavadeiras, máquinas florestais e outros equipamentos.
Cerca de 1/3 de todos os empregos gerados pelo setor no Estado está na Região Administrativa de Campinas. No segmento de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, as regiões de Campinas e Metropolitana de São Paulo respondem por mais de 30% do VTI nacional cada uma. Essas duas regiões também lideram o setor de produtos químicos, com 17% cada. E, finalmente, no setor de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, a região de Campinas concentra 28% de participação.
Campinas é o quaro destino para eventos de pesquisas e ciência no Brasil, aponta estudo
Os eventos corporativos representam cerca de 80% das ocupações da rede hoteleira da Região de Campinas. Essa demanda é decorrente de eventos realizados pelas mais de 50 multinacionais com sede na região e de empresas com atuação em todo o país, além de centros de pesquisas e de tecnologia. E essa demanda deverá se manter elevada nos próximos anos. Estudo feito pela Nesty, plataforma de Eventos Associativos e o Grupo Conecta Eventos, com apoio da Embratur, resultou na 2ª edição da Pesquisa “O Mercado de Eventos Associativos no Brasil”, o qual traça o panorama para os eventos associativos no país para os próximos anos.
Segundo levantamento realizado com mais de 500 associações, Campinas é a quarta cidade mais mencionada como sede dos próximos grandes eventos nos próximos anos. São Paulo lidera o ranking, seguido por Rio de Janeiro e Brasília.
Segundo as empresas responsáveis pela pesquisa, eventos associativos são aqueles que reúnem profissionais da área da ciência, nos quais são apresentadas pesquisas e realizados networking.
Além de movimentar hotéis, os eventos também injetam altos valores na economia regional, com gastos de participantes e movimentação de toda a cadeia de fornecedores, formada por mais de 50 setores.
De acordo com a Pesquisa, 43% dos destinos são escolhidos mediante a disponibilidade de espaço e rede hoteleira compatível. Atualmente, a rede hoteleira da Região Metropolitana de Campinas (RMC) conta com mais de 15,7 mil quartos.
Comendo pelas beiradas: após fusão fracassada, dono da EMS aumenta participação na Hypera
No início de novembro, o empresário Carlos Sanchez, controlador da farmacêutica EMS, de Hortolândia, fez uma oferta de R$ 3,8 bilhões por 20% de participação da concorrente Hypera, o que criaria a maior indústria do segmento no Brasil e uma das principais da América Latina. Na oportunidade, conselheiros da concorrente recusaram a oferta. Mesmo com a negativa, Sanches disse que mantinha desejo de voltar a conversar sobre uma fusão.
Mas o desejo pelo projeto parece estar mantido. Na última sexta-feira, o empresário voltou a aumentar sua participação no capital da concorrente. Em comunicado divulgado a Perenne Investimentos — empresa do próprio executivo — anunciou a compra de ações e chegou a uma fatia de 6,02% na Hypera. A Perenne afirmou que “é parte de instrumento derivativo referenciado em 12,6 milhões da Hypera”. O valor é equivalente a mais 2% do capital.
Os papéis da Hypera estão na casa de R$ 18 — queda de mais de 40% em seis meses. Só nos últimos 30 dias mês, as ações recuam 10%, pressionadas em grande parte pela disparada dos juros. A Hypera tem R$ 10 bi em dívida bruta, ou R$ 7 bi se excluídos os recursos em caixa no fim do terceiro trimestre.
Comentários: