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Segunda-feira, 17 de Marco de 2025
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Região de Campinas recebe R$ 14,6 bi em investimentos anunciados até novembro

EMS, Hyundai, Honda e Nestlé estão as empresas que mais investiram.

Região de Campinas recebe R$ 14,6 bi em investimentos anunciados até novembro
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Formada por 90 municípios, a Região Administrativa (RA) de Campinas recebeu 14.636.430 bilhões dos investimentos no Estado de São Paulo entre janeiro a novembro de 2024. Os números são da Pesquisa Investimentos Anunciados no Estado de SP (Piesp), e mostram uma retração no segundo semestre, quando comparados ao primeiro semestre do ano. Piracicaba (38,1% do total), Itirapina (28,7%) e Hortolândia (6,8%) foram as três cidades com maior aporte de investimentos nos 11 primeiros meses.

Dos  14,6 bilhões anunciados, o setor industrial foi responsável por 77,44% do total, dos quais 65,9% foram feitos pelo setor Automotivo. O setor de Serviços responde por 17,77% dos investimentos.

O Piesp também revela que 70,70% dos investimentos nos 11 primeiros meses de 2024 foram destinados para ampliação de capacidade instalada das empresas, enquanto que a implantação de novas unidades absorveu 29.30% dos recursos.

Dentre os maiores investimentos na Região Administrativa de Campinas no ano, os destaques com setores foram: a EMS (Comércio), com R$ 60 milhões, Hyundai (R$ 5.450 bi), Honda (R$ 4,2 bi) e Nestlé (1 bi) no setor industrial. Na área de Infraestrutura, a Rhodia e Combio Energia lideram, com R$ 275 milhões, Isa Energia, com R$ 272 milhões e Geo Bio Gas&Carbon, com 47.690 milhões. No setor de serviços, os principais investimentos até agora foram da Takoda Data Center, com R$ 2 bilhões, Althaia (R$ 211.5 milhões) e Pirelli (R$ 200 milhões).

Com Foco no consignado, Agibank, de Campinas, recebe R$ 400 milhões de fundo

Mesmo com a crise entre governo e bancos privados sobre o crédito consignado, que pode levar à paralisação do setor por falta de recursos por conta da baixa remuneração, o Agibank, um dos principais bancos neste nicho de mercado, continua sendo alvo de investimentos. A instituição com sede em Campinas fecha 2025 com um aporte de R$ 400 bilhões do fundo de private equity (que compra participações em empresas de capital fechado) de Daniel Goldberg, da Lumina Capital. Com esse valor, a instituição passa a ser avaliada em R$ 9,3 bilhões.

O Agibank fechou ao longo do ano algumas captações de mercado para financiar o crescimento da carteira de crédito. Em julho, recebeu uma carta de intenções do Citi para aportes de até US$ 7,4 bilhões através de instrumentos de dívida. Em novembro, começou a preparar terreno para emissões de dívida internacionais. Recentemente, o banco fez um processo de captação privada para buscar novos investidores estratégicos. A demanda do mercado superou R$ 1,6 bilhão, vinda de fundos de investimento estrangeiros e locais, fundos soberanos e fundos de pensão.

Um dos sócios da Lumina Capital é Daniel Goldberg, integrante do conselho de administração do Nubank, do qual fazia parte desde a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Ele deixará o cargo na Fintech é ocupará um posto no conselho do Agibank.

Segundo o fundador e presidente do conselho da Agibank, Marciano Testa, a escolha de Goldberg como sócio se deu “pela alta qualidade e conexão estratégica, bem como pelo profundo conhecimento de empresas de alto crescimento que fazem uso intensivo de tecnologia, como a nossa".

De acordo com ele, o capital deve ser aplicado em oportunidades de consolidação e no avanço do modelo de negócios híbrido. Com plataforma digital, o Agibank tem investido na criação de lojas físicas espalhadas pelo País. Até aqui, mais de 1.000 destes endereços estão em funcionamento.

O Agibank teve lucro líquido de R$ 646,4 milhões nos nove primeiros meses deste ano, crescimento de 127% em um ano. O volume de ativos teve alta de 49,7%, para R$ 25,493 bilhões, e a carteira de crédito chegou a R$ 21,876 bilhões, crescimento de 55,2% em um ano. A maior parte das operações é de crédito consignado. O foco é no público de baixa renda.

De olho no mercado de logística, DP World vai abrir escritório em Campinas

A DP World, líder global em soluções de logística e cadeia de suprimentos, expandirá significativamente sua presença em agenciamento de cargas no Brasil nos próximos dois anos. A empresa abrirá seis novos escritórios até 2026, ressaltando seu compromisso em aprimorar soluções de cadeia de suprimentos de ponta a ponta em toda a América Latina.

Quatro escritórios serão abertos em 2025, estrategicamente localizados em Campinas, Curitiba, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Dois escritórios adicionais serão abertos em 2026, nas regiões Norte e Nordeste. Espera-se que essa expansão crie 150 novos empregos, abrangendo vendas, operações e funções administrativas, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento econômico.

A expansão reforçará a capacidade da empresa de fornecer soluções de cadeia de suprimentos de ponta a ponta, oferecendo uma série de serviços que conectam produtos do chão de fábrica até a porta do cliente, como frete marítimo para FCL —carga de contêiner completo— e LCL —carga de contêiner menor—, frete aéreo, transporte rodoviário de contêineres domésticos, seguro internacional e desembaraço aduaneiro.

As operações de frete da DP World no Brasil devem movimentar aproximadamente 75 mil TEUs anualmente nos próximos cinco anos, refletindo a ambição da empresa de aumentar sua pegada logística. A iniciativa aproveita o impulso das recentes inaugurações em Santos, São Paulo e Itajaí (SC) no início de 2024, que já começaram a remodelar as capacidades comerciais na região.

A expansão no Brasil se alinha com a estratégia mais ampla da DP World de aprimorar sua presença global de agenciamento de cargas. Desde meados de 2023, a empresa lançou mais de 150 escritórios de agenciamento de cargas em todo o mundo, incluindo 20 nas Américas. Essa rede inclui operações no Chile, Colômbia, República Dominicana, Equador, Panamá, Peru e Suriname. Futuras inaugurações estão planejadas nos Estados Unidos, Cidade do México e Buenos Aires.

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Coluna editada pelo jornalista Marcelo Oliveira sobre economia na Região Metropolitana de Campinas.

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