No último dia 28 de maio, a Azul Linhas Áreas entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O processo (conhecido como Chapter 11) visa equacionar uma dívida de US$ 1,6 bilhão da empresa junto aos fornecedores. Com problemas de caixa agravados, principalmente, pela pandemia, a decisão da companhia já era aguardada pelo mercado.
Fundada em 2008 e com sede em Barueri (SP), a Azul tem fortes laços com a região de Campinas. Em 2010, fez um processo de fusão com a Trip Linhas Aéreas, da família Caprioli. Dessa união resultou na terceira maior companhia aérea do País.
Seu primeiro voo decolou do Aeroporto Internacional de Viracopos, onde a Azul fez do local seu principal hub de negócios no Brasil, além de manter diversas operações.
Porém, o pedido de recuperação judicial é cercado de incertezas na região de Campinas. Ainda não se se sabe de seus impactos financeiros para as empresas regionais (fornecedores), ao próprio aeroporto e até mesmo aos cofres públicos. Segundo a empresa, um empréstimo no valor de US$ 250 milhões foi tomado para pagar funcionários e alguns fornecedores estratégicos.
A companhia também sofrerá impactos em sua musculatura, com uma redução de até 35% no volume de voos e devolução de aeronaves, conforme divulgado na semana passada por diversos veículos de comunicação. A expectativa da Azul é sair do Chapter 11 até o primeiro semestre de 2026, mais saudável financeiramente.
Falsificação de produtos tem aumento de 27% na Região Metropolitana de Campinas
A falsificação de produtos no Brasil atingiu R$ 471 bilhões em 2024, segundo dados apresentados pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). O estado de São Paulo, maior polo industrial e financeiro do país, lidera a lista, registrando R$ 188,4 bilhões em perdas. Na região de Campinas, a soma representou prejuízos de R$ 38,9% bilhões para as empresas e ao mercado. O volume regional representa um aumento de 27% em relação ao ano de 2024 e coloca a região no sétimo lugar do ranking nacional de pirataria.
Entre os produtos com maior índice de falsificação estão: bebidas alcoólicas, roupas, calçados, cigarros. A falsificação e imitação de marcas é considera uma ameaça recorrente para as empresas e implica em concorrência desleal. As marcas e empresas líderes de mercado são, hoje, os principais alvos de pirataria ou da concorrência desleal. Ela pode chegar ao mercado de diferentes formas, como uso indevido de desenhos, cores, rotulagens parecidas, letras, nomes semelhantes e produtos, induzindo o consumidor ao erro.
“Esse tipo de ação considerada ilegal teve um grande crescimento com a disseminação do e-commerce”, diz Marcelo Brandão, Diretor e Sócio da unidade Campinas da Vilage Marcas e Patentes. “Essa concorrência desleal causa danos materiais e morais para as empresas que investem em pesquisas, desenvolvimento de produtos, marketing e até em registros de marcas e patentes”, explica ele.
De acordo com o executivo, as marcas e patentes devidamente registradas estão amparadas por leis. “A venda de produtos falsificados ou copiados é considerada crime, além de ser obrigada a retirar os produtos falsificados do mercado, e a pagar multas e indenizações calculadas pela justiça com base no valor que a empresa afetada deixou de receber com as vendas, os prejuízos que teve de marca e financeiro, com base em uma perícia contábil e judicial”, explica Brandão
O executivo ressalta, ainda, que é importante que as empresas “se resguardem sobre os seus direitos de proteção da propriedade intelectual, através de registros, pois só assim ela consegue fazer valer seus direitos”, acrescenta ele.
Além da empresa condenada pelo uso indevido da marca e venda de produtos, as pessoas que adquirem também estão sujeitas a ações penais. Segundo a advogada Sônia Carlos Antonio, o comprador de produtos contrafeitos pode ser condenado por várias razões. “A compra de produtos falsificados contribui para um mercado ilegal que prejudica a economia, a inovação e os direitos de propriedade intelectual”, explica ela.
Além disso, a legislação prevê penalidades para quem adquire produtos contrafeitos, pois a prática incentiva a produção e a venda desse tipo de mercadoria. “A ideia é que, ao responsabilizar também os compradores, se diminua a demanda por esses produtos e, consequentemente, o seu comércio”, conta a advogada. “A compra de produtos contrafeitos pode também estar associada a riscos, como a falta de garantias e a baixa qualidade dos produtos, o que coloca em risco a segurança do consumidor”, acrescenta ela. “Portanto, a condenação busca proteger tanto os direitos de propriedade intelectual quanto a saúde e a segurança dos consumidores.”
Preços para locação de imóvel comercial tem alta em abril, aponta índice
Alugar um imóvel comercial em Campinas está pesando cada vez mais no orçamento das empresas e profissionais liberais. É o que revela a pesquisa mensal do Índice FipeZAP de abril, quando o monitoramento registou uma alta de 2,01% no valor pedido pelos proprietários. O índice, no entanto, teve retratação em relação a março, quando chegou a 2,28%% de alta.
O Índice FipeZAP registra uma alta acumulada no valor pedido nos imóveis comerciais de 6,02% em 2025 (ante alta de 7,57% para aluguel de um imóvel residencial) e de 10,77% em doze meses (contra 20,14% no acumulado dos imóveis residenciais).
Já em relação ao mercado de vendas, o preço do imóvel comerciais em Campinas registou deflação de -0,14% em abril, segundo o Índice FipeZAP. No acumulado de janeiro a abril, o valor ainda está positivo, com saldo acumulado de 0,20% e de 0,46% em dozes meses.
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