Pesquisa mensal da Associação Brasileira e Bares e Restaurantes (Abrasel) trouxe notícias animadoras para o setor: o número de empresas que operam com prejuízo no Brasil diminuiu em agosto. De acordo com o levantamento, 21% dos estabelecimentos registraram perdas no último mês, uma queda significativa em relação aos 26% observados em julho. O resultado foi ainda melhor na região de Campinas: 12% disseram operar no vermelho em agosto, abaixo dos 25% do mês de julho.
Na Região Metropolita de Campinas, o percentual de empresas que conseguiram fazer lucro em agosto chegou a 57% (contra 42% na média nacional), e 29% mantiveram equilíbrio financeiro (contra 36% na pesquisa nacional). A pesquisa aponta, também que 2% dos empreendedores não souberam responder ou não existiam em agosto de 2024).
Os dados refletem a melhora no movimento captada pelo índice Abrasel-Stone, que registrou um crescimento de 4% em agosto, revertendo a tendência de queda observada nos dois meses anteriores. O índice apresentou uma melhora em 22 dos 24 estados analisados e, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 2%.
André Mandetta, presidente da Abrasel Campinas, diz que pesquisa aponta um cenário de recuperação e um quadro regional melhor se comparado à média nacional. “A região de Campinas tem características econômicas diversificadas, reforçada pela forte presença de turistas de negócios, além da proximidade de São Paulo, que ajudam a dar uma dinâmica diferente para o setor”, afirma. “Outro fator que contribui para essa recuperação no faturamento é a consolidação da Região Metropolitana como um dos mais importantes polos gastronômicos do Estado”, acrescenta Mandetta.
A pesquisa também traz resultado sobre o endividamento das empresas da região. Segundo o resultado, 21% das empresas têm dívidas em atraso. Destas, 73% devem impostos federais, 27% devem encargos trabalhistas e previdenciários, 27% têm empréstimos bancários em atraso, 27% têm débitos com serviços públicos como água, luz, gás e telefone, 19% devem impostos estaduais, 19% estão em atraso com taxas municipais, 12% devem a fornecedores de insumos como alimentos e bebidas, 12% têm débitos de aluguel, 12% devem a fornecedores de equipamentos e serviços, e 4% estão em atraso com pagamentos de empregados.
TCU deve decidir nesta semana futuro de Viracopos
Um dos principais aeroportos do Brasil e segundo maior em volume de movimentação de cargas do país, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, deve mesmo ir a novo leilão. A decisão do comitê de estudo do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o destino da administração deve ser apresentada ainda nesta semana, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo.
O complexo aeroviário está sob administração da Aeroportos Brasil desde fevereiro de 2012, quando a empresa venceu leilão promovido pelo governo federal. O Consórcio Aeroportos Brasil, formado pela TPI, UTC Participações e Egis Airport Operation, ganhou o direito de administrar o aeroporto por 30 anos.
Em 2017, o consórcio, alegando prejuízos e em recuperação judicial, decidiu devolver Viracopos para o Governo Federal. No ano passado, a gestão deu indícios de que queria permanecer à frente do Aeroporto.
De acordo com fontes ouvidas pela coluna do jornal, é pouco provável que o atual consórcio permaneça à frente da gestão e administração de Viracopos.
Fábrica da Syngenta recebe R$ 105 milhões em investimentos
De olho no desenvolvimento de novos produtos para o setor agrícola, a multinacional Syngenta no Brasil vai somar R$ 105 milhões em investimento até 2030 na planta industrial de Paulínia, na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Os aportes tiveram inicio com a destinação de R$ 65 milhões no recém-inaugurado Centro de Tecnologia de Engenharia e Produto. Outros R$ 40 milhões serão aplicados até o final de 2030.
O Centro de Tecnologia de Engenharia e Produto é o primeiro na América Latina destinado para o desenvolvimento de formulações para atender as características do mercado nacional. Ele será o núcleo de pesquisa e inovação da empresa, com ampliações já programadas.
Segundo a multinacional, os novos investimentos contemplam a construção de uma planta semi-industrial, a partir de 2026, para ampliar e escalar a capacidade do laboratório de engenharia de formulações da companhia dentro do centro
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