Mesmo com um cenário econômico de incertezas para a maioria das empresas e represamento de investimentos, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) continua como foco de atração de novos negócios. A multinacional chinesa Yapp, do setor automotivo, anunciou R$ 140 milhões para construção de uma planta industrial na cidade de Americana, com geração de 100 empregos diretos. Será a terceira unidade do grupo no Brasil, destinada para fabricação de tanques de combustível para veículos híbridos.
A Yapp tem 19 unidades de produção na China e seis filiais fora do país, incluindo Estados Unidos, Europa e Índia e conta com sete centros de engenharia na China, Estados Unidos, Japão e Alemanha. A empresa é responsável por pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de sistemas de armazenamento de energia automotiva, com foco na produção de tanques de combustível para veículos híbridos, tecnologia da qual é a única detentora no Brasil.
A fábrica a ser levantada em Americana deve ocupar uma área de 25 mil metros quadrados. O projeto do grupo chinês é de que a Yapp alcance a liderança do mercado nacional no segmento quando a fábrica iniciar suas operações.
Chico recebeu no gabinete, no Paço Municipal, o diretor executivo da companhia, Edward Chen, e o gerente de planta da Yapp, Raul Cardoso. “A chegada da Yapp é uma conquista muito importante para Americana. Estamos falando de um investimento expressivo que demonstra a confiança de uma gigante internacional no potencial da nossa cidade. É mais desenvolvimento, mais empregos e mais oportunidades para a população”, disse o prefeito.
Campinas vai receber novos investimentos e projetos da Bosch
A Bosch teve um faturamento de R$ 10,8 bilhões no ano fiscal de 2024 na América Latina, segundo balanço divulgado pela multinacional alemã. O valor inclui as exportações e as vendas das empresas coligadas nos 10 países em que a companhia atua na região. E indica alta de 12% em relação ao ano fiscal anterior. Somente o Brasil representou 77% (R$ 8,4 bilhões) do volume total de vendas no período
Diante dos resultados positivos, a Bosch, cuja sede brasileira está instalada em Campinas, deve acelerar seus negócios nesse ano. Segundo o site Automotive Business, para 2025, a empresa confirma o país como Centro de Competência Global para pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologias para o agronegócio. “Para 2025, a expectativa é reforçar nossa posição como empresa pioneira no desenvolvimento de tecnologias para a mobilidade segura e sustentável, além de soluções para o agronegócio inteligente”, afirma Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da Robert Bosch América Latina.
Na área do agronegócio, a Bosch tem previsto investimentos de cerca de R$ 200 milhões nos próximos três anos e 100 colaboradores dedicados no Brasil e na Argentina, além da estrutura já existente nos Estados Unidos e Alemanha. Com isso o Brasil deve assumir as operações de desenvolvimento e manufatura de tecnologias de agricultura inteligente para o grupo Bosch em todo o mundo.
Ao mesmo tempo, a empresa diz que mantém investimento anual de cerca de R$ 1 bilhão na modernização de linhas de produção, digitalização, pesquisa, desenvolvimento e inovação na América Latina.
Ainda segundo a Automotive Business, no setor automotivo, a Bosch também promete investimentos e avançar na localização de componentes no Brasil. É o caso do controle eletrônico de estabilidade (ESP na sigla patenteada pela fabricante), que terá mais uma etapa de produção em Campinas (SP) nacionalizada.
A planta passará a fazer a manufatura da unidade de controle eletrônico do ESP. O equipamento de segurança, inclusive, foi criado pela Bosch e instalado pela primeira vez em um automóvel de produção em série há 30 anos.
Além disso, ainda na fábrica de Campinas, a companhia iniciará a produção de unidades de controle do motor e de gerenciamento de baterias com maior poder de processamento. A ideia da Bosch é atender ao provável aumento da demanda de híbridos flex no Brasil, além de ônibus elétricos.
A Bosch também vai focar na tecnologia dual fuel no Brasil, que permite que veículos e equipamentos fora de estrada (colhedoras, locomotivas e caminhões de grande porte) possam rodar com diesel e etanol. A solução foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros e pode substituir até 50% de diesel por etanol.
Sebrae e DHL Express lançam parceria para impulsionar o comércio internacional de pequenos negócios
As micro e pequenas empresas (MPEs) representam 96% das empresas registradas no país, mas muitas ainda encontram desafios para expandir os negócios para o exterior. Diante desse cenário, a DHL Express, líder global em envios expressos, anuncia uma parceria inédita com o Sebrae para oferecer um programa para capacitar as empresas que desejam impulsionar o negócio de empreendedores que querem crescer globalmente.
Atualmente, os pequenos negócios representam cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e somam mais de 12 milhões de empresas no país. Apesar dessa força, as exportações das MPEs representam apenas 1% do volume total do Brasil. Um dos principais obstáculos está na desinformação sobre os processos de exportação e nos custos envolvidos.
Para ajudar no crescimento dos empreendedores a ampliar a fonte de receita para mais de 220 países e territórios, a parceria visa preparar de ponta a ponta nesse processo. O Sebrae ajudará a empresa a se organizar antes de quaisquer vendas internacionais, como por exemplo, a procura por fornecedores internacionais, precificação, adaptação de embalagens e a emissão de documentos fiscais através de cursos, e-books e artigos. A DHL Express disponibilizará uma plataforma gratuita de vídeos interativos explicando em detalhes como fazer a exportação e importação e consultoria gratuita para qualquer etapa do processo de envio.
A ação se soma ainda a outras iniciativas da empresa de logística, como um atendimento consultivo personalizado e descontos progressivos nos fretes a partir de 65%, facilitando o acesso de micro e pequenas empresas a tarifas mais competitivas, além do auxílio na documentação e acompanhamento nos primeiros embarques, garantindo mais segurança e eficiência nos processos.
“Nós já possuímos serviços específicos para MPEs e sabemos do potencial desses negócios. Ainda assim, muitas micro e pequenas empresas deixam de exportar porque acham que o processo é complicado. Nossa intenção com a parceria é mostrar que crescer globalmente é mais acessível do que parece e criar ainda mais possibilidades para gerar novas histórias de sucesso”, explica a VP de Comercial da DHL Express, Patricia Starling.
Segundo o relatório da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), a indústria de transformação é a que mais exporta entre as microempresas e MEIs. Em 2024, o setor representou cerca de 81% das empresas exportadoras, acima de agropecuária, indústria extrativa e de outros produtos. “Essa indústria também é uma parte essencial e estratégica dos negócios para nós e para a DHL Express, o que reforça mais ainda que estamos no caminho certo ao somar para atender não só este, mas todos os segmentos”, complementa Patricia.
“O empreendedor muitas vezes nem cogita exportar, nem pensa que o mercado externo pode ser para ele também. Quando percebe este potencial, na maioria das vezes, se sente perdido sobre como fazer para chegar lá. É aí que o Sebrae e seus parceiros entram, apoiando o empreendedor ao longo de toda a sua jornada para acessar o mercado externo, com conteúdo, cursos, consultorias e ações de aproximação comercial”, afirma a coordenadora de Negócios Internacionais do Sebrae, Roberta Aviz.
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