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Segunda-feira, 17 de Marco de 2025
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John Deere inaugura Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Indaiatuba

Projeto tem como objetivo promover a sinergia entre múltiplos times de P&D dos principais sistemas de produção

John Deere inaugura Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Indaiatuba
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Um ano após anunciar investimento de R$ 180 milhões, a John Deere, empresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores agrícola, de construção e florestal, inaugurou em Indaiatuba, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia, seu primeiro centro de desenvolvimento e testes para a agricultura tropical do mundo. A nova unidade, ocupa uma área de 500 mil m² e vai abrigar cerca de 150 colaboradores das áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento.

O projeto tem como objetivo promover a sinergia entre múltiplos times de P&D dedicados à concepção e à validação de novos produtos e tecnologias dos principais sistemas de produção – grãos, cana e cultivos especiais. “Esse Centro promoverá o desenvolvimento de tudo que é aplicável para a agricultura tropical. Avançaremos ainda mais no atendimento ágil e com excelência ao mercado brasileiro”, destaca Jahmy Hindman, CTO da John Deere.

“Essa inauguração é muito mais que um marco na história da John Deere, é um compromisso que estamos assumindo com o Brasil de apoiá-lo rumo a um agronegócio cada vez mais inovador, próspero e sustentável. Sabemos que a agricultura tropical não é apenas vital para a economia brasileira, ela desempenha um papel essencial no futuro do planeta. Por isso, vamos trabalhar para trazer soluções que transformarão o campo e atenderão de maneira ainda mais eficaz às necessidades dos nossos clientes brasileiros”, ressalta Cristiano Correia, vice-presidente de Sistemas de Produção da John Deere para a América Latina.

Com a criação do novo Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia, a expectativa da John Deere é reduzir em até 40% o tempo de desenvolvimento de novas soluções, dependendo do tipo de projeto. A John Deere já tem lançado produtos com foco específico no mercado local, como a colhedora de cana de duas linhas CH950, projeto brasileiro pensado para atender às necessidades de produtores de cana-de-açúcar do País, e a colheitadeira de grãos S400, criada em prol das pequenas e médias propriedades. Com este novo Centro, será possível acelerar a entrega de soluções para o mercado brasileiro, além de considerar cada vez mais as suas necessidades específicas.

Outra novidade é que o Centro de Agricultura de Precisão e Inovação (CAPI), criado em 2017 para pesquisa e desenvolvimento do que há de mais moderno em termos de eficiência tecnológica aos agricultores, com foco em hardware e software para agricultura de precisão, será integrado ao novo Centro em Indaiatuba.

Bares e restaurantes movimentam R$ 416 bi, segundo estudo

Na conferência “Bares e Restaurantes no Brasil”, realizada nesta segunda-feira (2) em São Paulo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP) apresentaram um estudo inédito que reforça a importância socioeconômica do setor de alimentação fora do lar no Brasil. Também foi lançado um Plano de Restauração, com recomendações para solucionar os inúmeros desafios enfrentados pelos bares e restaurantes, que ainda sofrem com as consequências da pandemia.

De acordo com o estudo, o setor movimentou R$ 416 bilhões em 2023 - 3,6% do PIB nacional. Um dos dados mostra o efeito multiplicador: para cada R$ 1.000,00 gastos em bares e restaurantes, R$ 3.650 são injetados na economia em efeitos diretos, indiretos e induzidos. Além disso, o setor emprega diretamente 4,94 milhões de pessoas, o que corresponde a 7,9% do total de empregos formais do Brasil, com uma massa salarial de R$ 107 bilhões.

O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, pontua que o estudo traz um contexto detalhado com as principais implicações socioeconômicas de quem trabalha e empreende no setor, além de reflexões acerca de tópicos relevantes, como a reforma tributária.

“Nosso plano é claro: organizar e coordenar esforços. Muitas iniciativas já existem, mas estão isoladas e sem sinergia. A Abrasel se propõe a liderar essa organização em três frentes principais: construção de políticas públicas nos níveis municipal, estadual e federal; coordenação entre grandes empresas em âmbito nacional e regional; e parcerias com agências de desenvolvimento, como Senac e Sebrae, para fortalecer o setor com ações estruturadas”.

Ele também reforçou o trabalho da Associação no processo de criar núcleos nas comunidades e favelas de todo o Brasil para apoiar os empreendedores desses locais.

“Já estamos presentes em seis comunidades, promovendo governança e associativismo. Nosso objetivo é eliminar o apartheid físico e psicológico que ainda separa essas áreas do restante da sociedade. Nas favelas estão milhares de empreendedores e grande parte da nossa mão de obra. Não queremos apenas nos relacionar com as favelas — queremos ser parte delas.”

Ele ainda chama a atenção do Poder Público para os desafios enfrentados pelos negócios do setor, grandes impactados pela pandemia. “Do governo, não pedimos subsídios ou privilégios, mas atenção e justiça. O setor que emprega tantos brasileiros e sofreu tanto durante a pandemia merece um olhar especial e políticas que promovam sua sustentabilidade”.

Pluralidade do setor

Os dados também revelam a diversidade do setor: 94% das empresas são microempresas, e 65% dos empreendedores atuam como MEIs. O setor é majoritariamente composto por trabalhadores jovens, com idade média de 34 anos, e apresenta uma representatividade de 49% de mulheres e 63% de pretos e pardos.

Apesar do impacto positivo, o estudo também aponta desafios significativos, como alta taxa de informalidade (41%), inadimplência e dificuldades de acesso a crédito. Além disso, a baixa qualificação da mão de obra e os custos tributários elevados comprometem a competitividade dos negócios.

O professor de economia da FGV e um dos coordenadores do estudo, Márcio Holland, contextualizou que o setor de alimentação fora do lar é uma importante via de ascensão social no Brasil, e que pequenos e microempreendedores começam seus negócios como um sonho de vida e uma forma de sustentar suas famílias. Entretanto, um dos grandes desafios que atingem esse segmento é o alto número de trabalhadores informais.

“Para promover produtividade em um setor, é essencial enfrentar a questão da informalidade, que hoje atinge metade dos empreendimentos. A informalidade impacta diretamente o capital humano, dificultando treinamento, qualificação e, consequentemente, gerando altos índices de rotatividade. Esse ciclo vicioso também mantém os salários baixos e desincentiva investimentos”, explica.

“É necessário criar uma estrutura de incentivos que estimule o aperfeiçoamento do setor, incluindo programas de capacitação, qualificação e treinamento. Além disso, o setor precisa incorporar uma agenda de inovação, um ponto recorrente em estudos internacionais sobre food service, que destacam avanços variados nessa área”, explica o professor.

Durante o evento, a Abrasel apresentou um Plano Nacional de Restauração, um conjunto de ações para enfrentar os principais desafios do segmento. O objetivo do documento, que deve ser executado a longo prazo, é estabelecer uma série de ações a serem implementada por meio de um esforço colaborativo entre o setor de alimentação fora do lar, governos e agências de fomento, como Sebrae e Senac.

Entre as iniciativas, destacam-se propostas para desoneração da folha de pagamento, simplificação tributária e ampliação do acesso a programas de fomento.

Sanofi prepara venda da Medley por US$ 1 bilhão

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) vive um momento de forte agitação neste final de 2024 no setor da saúde, com movimentos de grandes negócios. Depois das compras de parte do Hospital Vera Cruz por parte de um fundo de investimentos, e da venda do Laboratório Confiance, por parte do Grupo Fleury, a bola da vez agora é a farmacêutica de medicamentos genéricos Medley no Brasil, instalada em Campinas.

O grupo francês Sanofi, que adquiriu a fabricante nacional em 2009, então pelo valor de R$ 1,5 bilhão, prepara a venda da marca pelo valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões). O processo será conduzido pela Lazard. Segundo informações do portal Pipeline, as conversas com potenciais interessados vão ocorrer no primeiro semestre de 2025.

A Sanofi, em nota divulgada ao mercado, diz que não comenta especulações. “A Medley, unidade de genéricos da Sanofi, continua totalmente comprometida com sua missão de democratizar o acesso à saúde para os brasileiros, oferecendo medicamentos de alta qualidade e segurança, e todas as operações seguem normalmente”.

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Coluna editada pelo jornalista Marcelo Oliveira sobre economia na Região Metropolitana de Campinas.

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