As badaladas canetas emagrecedoras, destinadas para tratamento de diabetes e obesidade, devem movimentar cerca de R$ 5 bilhões no Brasil neste ano de 2025, segundo um relatório do banco BTG Pactual. É um valor considerável para o mercado farmacêutico. E a EMS, com fábrica em Hortolândia, na Região de Campinas, saiu na frente na corrida entre as empresas nacionais para abocanhar parte dos gastos.
No dia 4 de agosto, a farmacêutica lançou no Brasil a primeira caneta nacional com preço mais acessível do que as importadas. Três dias depois, no dia 7, a empresa conduzida pelo empresário Carlos Sanches fechou dois acordos de parcerias com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção de liraglutida e de semaglutida, princípios ativos de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras.
De acordo com a Agência Brasil, em nota conjunta, a Fiocruz e a EMS informaram que os acordos estabelecem a transferência de tecnologia da síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e do medicamento final para Farmanguinhos, unidade técnico-científica da Fiocruz.
Inicialmente, a produção dos medicamentos será realizada na fábrica da EMS em Hortolândia até que toda a tecnologia de produção seja transferida para o Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos, no Rio de Janeiro.
Para a EMS, os acordos representam um marco histórico para a indústria farmacêutica brasileira. A Fiocruz destacou que unir forças com parceiros públicos e privados permite somar excelência e inovação e ampliar seu portfólio de produção.
A Farmanguinhos citou que a produção inaugura a estratégia da Fiocruz de se preparar também para a produção de medicamentos injetáveis, com a possibilidade de incorporação de uma nova forma farmacêutica, além de fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
Bares e restaurantes da RMC geraram 850 novos empregos no primeiro semestre
Mesmo com a queda de 3,7% nas vendas em junho, segundo o Índice Abrasel-Stone, os bares e restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC) seguem contratando. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregos e Desempregado (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (04), o setor de alimentação teve um saldo positivo de 169 empregos (mesmo número de maio) na região. No primeiro semestre de 2025 o segmento teve saldo de 850 novos empregos formais, contra 442 do mesmo semestre do ano passado.
De acordo com o Caged, em junho foram 2.905 admissões e 2.736 demissões, com saldo de 169 novos empregos. Dos 20 municípios que formam a RMC, 10 tiveram saldo positivo no mês. Os cinco melhores resultados foram registrados em Campinas (125), Sumaré (42), Holambra (20) Americana (16) e Santa Bárbara D’Oeste (14).
Oito municípios tiveram saldo negativo em junho: Valinhos (-19), Paulínia (-18), Jaguariúna (-15), Artur Nogueira (-4) e Engenheiro Coelho (-2). Em Nova Odessa e Hortolândia o número de demissões foi igual às demissões.
Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas, André Mandetta, os números do Caged para junho e no acumulado do primeiro semestre mostram quanto o setor de alimentação fora do lar é importante para a economia e para o mercado de trabalho regional. “Em junho o setor teve uma queda nas vendas, retrato da incerteza econômica do Brasil e da região e da queda do poder aquisitivo das pessoas, mas, mesmo diante desse quadro seguiu contratando”, explica
“Dos seis primeiros meses de 2025, em quatro tivemos mais contratações que demissões na região, com um saldo de 891 novos empregos criados, número que já supera todo o ano de 2024, quando tivemos saldo de 836 contratações”, acrescenta Mandetta.
“A região de Campinas se consolida cada vez mais como o principal polo gastronômico do Estado do interior de São Paulo, fator que atrai investimentos em novos negócios” finaliza o presidente da Abrasel Regional Campinas.
CURTAS
Preço do imóvel acumula alta no primeiro semestre
O preço dos imóveis comerciais em Campinas acumula alta de 4,42% no primeiro semestre de 2025. O índice está pouco acima da média nacional (3,93% e bem acima do IGP-M (-1,70). A boa notícia é que o reajuste dos preços de 2025 tiveram retratação em relação ao mesmo do ano passado, quando o Índice acumulou alta de 6,21%.
Rodeios e Expoflora movimentam a economia...
A economia da região de Campinas ganha fôlego extra nos meses de agosto e setembro. Três festas do peão (Indaiatuba, Piracicaba e Jaguariúna) e Expoflora (Holambra) acontecem neste bimestre. Os quatro eventos têm potencial para injetar milhões de reais em diversas áreas, especialmente comércios e serviços, além de gerar empregos temporários
...E injetam milhões em bares, restaurantes e hotéis
Além de serviços técnicos como fornecimento de equipamentos, as quatro festam já movimentam os negócios de bares e restaurantes, além do setor hoteleiro regional, com a vinda de turistas de outras cidades e estados. Segundo o Convention Campinas e Região & Visitors Bureau, festas de peão e Expoflora beneficiam municípios em um raio de até 200 quilômetros.
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