O Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro) da Unicamp ganhou um núcleo de excelência em pesquisas sobre a transição energética. Chamado de ETCR (Centro de Pesquisas para Transição Energética), o hub faz parte de um acordo entre a Universidade e a multinacional francesa TotalEnergies, acordo esse que prevê R$ 36 milhões em investimentos.
O novo centro receberá projetos abrangendo do desenvolvimento de tecnologias e infraestrutura para a descarbonização da produção e exploração de petróleo e gás até estudos relacionados à energia solar, à captura e ao sequestro de carbono, ao biogás e ao armazenamento de energia em baterias. O ETCR, com um total de 85 pesquisadores, já conta com 11 projetos em andamento.
“A instalação aqui no Cepetro desse novo centro só confirma uma característica da Unicamp: a de que estamos olhando essa questão da sustentabilidade há muito tempo e de forma muito abrangente”, disse o reitor Antonio José de Almeida Meirelles, na cerimônia de lançamento do ETCR, realizada na sala do Conselho Universitário e que contou com a presença do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan.
Meirelles lembrou o projeto do HUB Internacional de Desenvolvimento Sustentável (HIDS), em processo de implantação no campus de Barão Geraldo (Campinas) da Unicamp. O projeto pretende reunir empresas de tecnologia em um espaço urbano sustentável que soma 11,3 milhões de metros quadrados. O reitor convidou a empresa francesa a montar um novo centro de pesquisa dentro do HIDS.
O novo hub pretende ampliar os conhecimentos sobre o e promover melhorias no setor de energia renovável. Um dos projetos do ETRC deve investigar a evolução do processo de produção de biogás no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), o Brasil tem o potencial de produzir 84,6 bilhões de Nm³ (metros cúbicos normais) de biogás, sendo quase metade deste valor proveniente do setor sucroenergético. No entanto a capacidade instalada atual no país é de apenas 4,1 bilhões de Nm³, volume proveniente em grande parte dos aterros sanitários.
Outros cinco projetos do ETRC visam desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a segurança e o desempenho de usinas de energia solar
Grupo gaúcho investe R$ 8 milhões em Centro de Demonstração e Treinamento na cidade de Valinhos
Com investimento de R$ 8 milhões, nova unidade visa fortalecer presença no Sudeste e ampliar faturamento em 52% nos próximos três anos
O Grupo BAW Brasil, de Caxias do Sul (RS), concluiu um investimento de R$ 8 milhões para construção do Centro de Demonstração e Treinamento (CDT) em Valinhos. Especializada em soluções de corte e solda, a empresa aposta na nova unidade para consolidar sua presença em regiões estratégicas do país, especialmente no Sudeste, considerado um mercado promissor para o crescimento da companhia.
O investimento total contempla R$ 100 mil para estrutura física e R$ 7,9 milhões em equipamentos de última geração para demonstração. A expectativa é que o CDT de Valinhos contribua para dobrar a capacidade de atendimento e distribuição de produtos, além de aumentar a competitividade no mercado nacional. “A abertura da planta em São Paulo não só nos permitirá atender melhor regiões importantes do país, mas também expandir significativamente nossa presença no Sudeste”, destaca Sérgio Ferrero, diretor Comercial do Grupo BAW.
A nova unidade faz parte de um plano de expansão da empresa, que já registrou um crescimento de 12% no número de colaboradores nos últimos 12 meses. Com a operação do CDT, o Grupo BAW espera aumentar em 50% sua base de clientes e alcançar um crescimento de 52% no faturamento nos próximos três anos. A empresa almeja se posicionar entre os três maiores players de corte e solda do Brasil, reforçando sua presença em um mercado onde ainda há grande potencial de inserção.
Mercado de trabalho: 2024 aquecido na RMC
Um dos principais indicativos do vigor da economia, o mercado de trabalho vive um ano aquecido na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Um total de 25,1 mil novos postos formais foram criados nas 20 cidades que integram a metrópole no acumulado do primeiro semestre de 2024, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Esse é o resultado entre as demissões e demissões no período.
Um levantamento realizado pelo Observatório PUC-Campinas, com base nos números do próprio Caged, entre os contratos novos, quem puxou a fila foi o setor de serviços, responsável por 53% dos novos empregos. Na sequência, aparecem as atividades industriais (24%) e a Construção Civil (20%).
No segundo trimestre (abril, maio e junho), foram 4.887 novos contratos com carteira assinada. Desse total, a cidade de Campinas foi responsável por 73% de todas as contratações da região. No acumulado, a cidade lidera com saldo de 38% das contratações.
Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas, os números do primeiro semestre na região estão 12% acima do observado no mesmo período do ano passado, mas ainda abaixo dos de 2021 e 2022 – que ainda estavam sob o efeito do pós-pandemia.
A média de remuneração dos admitidos no segundo trimestre ficou em torno de R$ 2.353,87. No acumulado do semestre, a remuneração média ficou em torno de R$ 2.338,74 – aproximadamente 5,3% superior à média das remunerações pagas em igual período em 2023, percentual que repõe a inflação de 3,6% do período e garante a ampliação do poder de compra.
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