Campinas lidera aumento de aluguel residencial no Brasil
Sede da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Campinas atrai todos os anos milhares de estudantes universitários, empresários, trabalhadores - a maioria para trabalhar em multinacionais – e pessoas que procuram novas oportunidades. Essa migração, juntamente com a falta de imóveis, está se refletindo diretamente no mercado imobiliário local, com reflexos na região. A cidade acaba de ganhar o título de cidade brasileira com o maior reajuste de reajuste de aluguel residencial no Brasil no acumulado do primeiro semestre de 2024.
O índice FipeZAP, que monitora os valores do mercado mensalmente nas capitais e maiores cidades do país, apontou que os preços de locação dos imóveis comerciais na cidade saltaram 14,25% no período de janeiro a junho (superior à média nacional, de 8,02%). O índice é bem superior ao reajuste dos imóveis comerciais na cidade, que foi de alta de 4,57% no mesmo intervalo de tempo.
Além da alta que chama a atenção, vale lembrar que o IGP-P, índice oficial que serve como base para os reajustes de contratos vigente, teve uma variação positiva de 1,10% neste ano, e de 2,45% no acumulado de 12 meses.
O valor da locação residencial em Campinas fechou junho com alta de 2,79%, abaixo dos 4,03% apurado em maio. O valor do metro quadrado está em R$ 39,89. Quando estendido o período acumulado, verifica-se que em 12 meses o valor do aluguel saltou 24,66% na sede da RMC
Campinas vai receber dois novos centros de ciências nas áreas de meio ambiente e de energia
Um dos principais centros de excelência do País, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vai receber recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para abrigar dois novos centros de pesquisa. Ao todo, foram selecionados 21 projetos para instalação de Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs). Desses, três projetos terão a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) como instituição pública parceira. Dos projetos em parecia com a Semil, um deles é da área de meio ambiente e dois são da área de energia. O investimento da Fapesp será de aproximadamente R$ 130 milhões.
Os CCDs são iniciativas colaborativas entre universidades, instituições de pesquisa e órgãos governamentais para resolver desafios em áreas como saúde, energia e meio ambiente. Eles operam com cofinanciamento e têm duração de até cinco anos. O objetivo desses centros é promover avanços no conhecimento e melhorar políticas públicas, enfrentando grandes desafios do Estado de São Paulo.
Pela subsecretária de Energia em Mineração, os projetos aprovados da Semil são: Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro, sediado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Centro Paulista de Inovação em Serviços de Iluminação Pública – CePISIP, sediado no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp.
Já o Centro de Pesquisa de lignina grafitizada para transformação de solos agrícolas e ambientais – C-Liga, sediado no Centro de Componentes e Semicondutores da Unicamp, que conta com pesquisadores do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) trabalha em um projeto que tem como objetivo desenvolver tecnologias eficazes para o solo.
A subsecretária de Energia e Mineração da Semil, Marisa Barros, destaca que a parceria com a Fapesp para criar centros de pesquisa é um dos caminhos na busca por soluções inovadoras em iluminação pública, energias renováveis e hidrogênio de baixo carbono, promovendo eficiência energética, melhores serviços públicos e preservação ambiental.
MCTI vai investir R$ 23 milhões em projeto de blockchain com execução do CPQD
O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai investir R$ 23 milhões para promover a tecnologia blockchain. O Projeto Ilíada, que conta com uma chamada pública aberta para encontrar parceiros de pesquisa e desenvolvimento, quer criar funcionalidades e tecnologias para testbeds de redes blockchain.
Os grupos de trabalho selecionados prestarão serviço pelo prazo de um ano e ficarão responsáveis por elaborar soluções para o desenvolvimento de novos produtos com a tecnologia. Cada grupo receberá R$ 132 mil para gastos com pessoal.
A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) é a responsável pela execução do projeto, que visa contribuir para o amadurecimento do ecossistema blockchain no Brasil, e destaca que os grupos devem ser coordenados por um pesquisador vinculado a uma instituição de ensino pública ou privada.
O Projeto Ilíada prevê a criação de um observatório que ficará responsável por monitorar iniciativas de desenvolvimento e a adoção da tecnologia por setores como governo, academia e indústria. Haverá ainda a implantação de um testbed para experimentação em blockchain. Trata-se de um laboratório computacional multiusuário e distribuído que poderá ser usado por pesquisadores de universidades e empresas para a criação de redes blockchain baseadas em diferentes frameworks.
A RNP e o CPQD executarão o projeto. O CPQD trabalha com projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) envolvendo as tecnologias blockchain e de identidade digital descentralizada desde meados de 2018. Como parte de seu programa de inovação aberta, resultados de projetos de P&D têm sido utilizados por empresas, principalmente startups, para a criação de produtos e soluções para diferentes mercados.
O Projeto Ilíada terá duração até 25 de janeiro de 2026. A ação faz parte dos Programas e Projetos Prioritários de Informática (PPI), iniciativa que visa promover o desenvolvimento em ciência, tecnologia e inovação, áreas consideradas estrategicamente relevantes para o Brasil. Este projeto foi apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, no âmbito do PPI-SOFTEX, coordenado pela Softex.
A blockchain registra e armazena transações entre usuários de um sistema como se fosse um livro-caixa. Com essa tecnologia, fica mais fácil proteger informações pessoais e prevenir fraudes, já que a alteração ou falsificação dos dados presentes em uma rede blockchain é extremamente complexa. Por ser um banco de dados descentralizado, as informações não ficam guardadas em um único local, tornando-as mais seguras e dificultando que um invasor possa comprometer os dados.
CURTAS
Região na rota dos grandes investimentos...
Enquanto Campinas vive uma escassez de investimentos no setor industrial por conta dos altos impostos e burocracias, conforme queixas de empresários, cidades da Região Metropolitana se movimentam para atrair novas empresas. Sumaré está na briga com uma cidade mineira para receber uma multinacional chinesa do segmento de borracha.
Investimento bilionário...
Segundo a administração local, a empresa em negociação fará investimento de R$ 1 bilhão para se instalar no Brasil, com geração de 2 mil postos de trabalho. Caso Sumaré seja a escolhida, a companhia ficará em uma área localizada na Rodovia dos Bandeirantes.
Craft inaugura hub em Viracopos
A Craft, empresa de comércio exterior, inaugurou novos hubs de carga no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) e no Aeroporto de Viracopos. Eles vão unir as transações das cargas de importação, que vêm principalmente da Ásia, Estados Unidos e Europa, e que são centralizas no Brasil para, em seguida, distribuí-las para os destinos da América Latina.
Maior do Brasil
As obras do novo Terminal Logístico de Viracopos foram concluídas em abril, tornando-o o maior complexo de carga aérea do Brasil. Com uma ABL (Área Bruta Locável) de 15.215 metros quadrados e taxa de ocupação de 48%, o espaço tem capacidade para processar um volume de até 9,5 mil toneladas por mês, recebendo diversos tipos de produtos de importação, exportação, frete nacional e remessas expressas.
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