Considerada a data mais importante em vendas, setores do comércio, bares e restaurantes projetam um Natal recheado em vendas em 2024. Projeção do departamento de economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) aponta para alta de 3,0% nas vendas da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Por sua vez, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indica que 74% dos empresários da Regional Campinas, que abrange 50 municípios, esperam faturamento maior em 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice é superior ao apontado em 2023, quando 48% responderam positivamente.
Segundo a ACIC, o comércio lojista estima vendas na ordem de R$ 6,97 bilhões neste ano. O crescimento do faturamento se deve pela entrada dos recursos do 13º salário nos meses de novembro e dezembro, elevando o poder de compra dos consumidores.
No caso dos bares e restaurantes, o otimismo em um faturamento maior se deve à confiança em um maior fluxo nas casas com a chegada das festividades e das férias de fim de ano, além do aumento do poder de compra.
De acordo com a pesquisa regional realizada pela Abrasel, em comparação com o mesmo período do ano passado 22% esperam que as vendas se mantenham iguais e apenas 4% acreditam que elas vão cair.
Faturamento das empresas-filhas da Unicamp salta 9% e atinge R$ 28,1 bilhões em 2024
Berço de grandes empresas hoje com capital em bolsas de valores no Brasil e no exterior, como a CI&T (tecnologia), Padtec (setor óptico), ClearSale (proteção antifraude), dentre outras, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem contribuído para o desenvolvimento de aceleração de novas companhias, as chamas de empresas-filhas da Unicamp. Atualmente, 1.588 estão cadastradas na Agência de Inovação Inova, com faturamento de R$ 28,1 bilhões em 2024. O valor representa uma alta de 9% sobre o ano de 2023.
Um mapeamento das empresas-filhas que acaba de ser divulgado aponta mostra números relevantes. Das 1.588 operações registradas, 1.349 estão ativas no mercado. Juntos, esses empreendimentos ativos empregam diretamente 53.265 pessoas, são 6.109 posições a mais que em 2023, representando um aumento de 12,9% e o recorde já registrado pelo mapeamento anual realizado desde 2006 pela Inova Unicamp.
Elas estão distribuídas em cinco regiões do Brasil e em 10 países diferentes, mas a maior concentração das empresas-filhas está na Região Metropolitana de Campinas (RMC), com mais de 650 empresas localizadas nessa área, oferecendo emprego e impactando positivamente no desenvolvimento econômico e social da região.
“Este mapeamento contribui na compreensão de alguns impactos econômicos e sociais da formação de alunos e dos programas de empreendedorismo da Unicamp, como a geração de renda e de emprego, e também para conhecermos quem são essas empresas, seus fundadores, sua distribuição geográfica e seus nichos de atuação”, comenta Renato Lopes, diretor-executivo da Inova Unicamp.
O recorte é de doze meses, com início e término no mês de agosto. Em 2024, esse mapeamento registrou 206 novas empresas-filhas, que fazem o cadastro voluntário a partir de um convite enviado pela Inova Unicamp via e-mail, além de outras campanhas e ações de comunicação voltadas ao incentivo do cadastro, como publicações em redes sociais e reportagens sobre as empresas-filhas. Com a inclusão desses novos registros, a Unicamp contabiliza um total de 1.588 empresas-filhas, das quais 1.349 (84,9%) estão ativas no mercado.
As novas empresas-filhas cadastradas contribuíram significativamente para os valores alcançados de postos de trabalho e faturamento, com a inclusão de mais de R$ 876,3 milhões em faturamento e a geração de 3.952 emprego
Cepetro e Equinor investem R$ 12,5 milhões em laboratório com foco no pré-sal
O Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro) da Unicamp e a Equinor Brasil inauguraram um laboratório que pode representar um salto nas pesquisas sobre o petróleo do pré-sal, além de contribuir com a descarbonização da cadeia produtiva dessa indústria. Instalado dentro do centro, o Laboratório de Propriedades Termofísicas de Fluidos em Alta Pressão (PVTLab) recebeu investimentos de R$ 12,5 milhões, feitos pela empresa e usados também para a aquisição de equipamentos de última geração capazes de simular diferentes condições.
Os pesquisadores explicaram que diversos fatores devem ser levados em consideração na extração de petróleo a mais de 3 mil metros de profundidade, como acontece na exploração do pré-sal brasileiro. Segundo os especialistas, ao ser retirado de um reservatório, o óleo bruto, em alta temperatura, sobe pelos dutos, ao redor dos quais há água extremamente gelada. Nesse cenário, é comum ocorrer a formação de parafinas – um derivado de petróleo – ou emulsões – a mistura de dois líquidos que não se dissolvem um no outro.
“A grande vantagem dessa nova estrutura é que a gente vai conseguir restituir o petróleo em condições de reservatório e, com isso, ter melhores condições de estudar os fenômenos nas mesmas condições em que são observados, no reservatório ou na linha de produção, nas mesmas condições de pressão e temperatura”, explicou o pesquisador Carlos Eduardo Perles, responsável pelo laboratório e membro do Cepetro. “Com isso, conseguiremos uma maior representatividade dos dados em relação aos fenômenos que acontecem em campo”, acrescenta.
O laboratório permitirá a simulação, em pequenos volumes, das condições de pressão e temperatura dos reservatórios e sistemas de produção, aproximando os estudos laboratoriais dos sistemas reais, permitindo obter resultados mais representativos de fenômenos associados à garantia de escoamento e à propriedade dos fluidos reais.
“Esse novo laboratório representa um marco para a nossa instituição e para o avanço da pesquisa e da inovação no Cepetro e na Unicamp. O laboratório visa promover um ambiente colaborativo, com tecnologia de ponta, capaz de estudar fluídos complexos, em condições extremas como as observadas na produção de petróleo no Brasil e também para aplicações que envolvem a captura de carbono”, disse o diretor do Cepetro, Marcelo Castro.
A gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) da Equinor Brasil, Andrea Achoa, lembrou que o dinheiro gasto no laboratório corresponde ao montante que, por lei, as concessionárias precisarem investir em PD&I, o equivalente a 1% da receita bruta gerada pelos campos de grande rentabilidade ou com grande volume de produção.
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