O Estado de São Paulo registrou um saldo líquido de abertura de 21.663 novas empresas no mês de setembro, um aumento de 47% na comparação com o mesmo período do ano passado e de 7,7% na comparação com agosto. Os dados são da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do governo paulista. As cidades de São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos são as que lideram o ranking, com os maiores saldos líquidos, assim como constituições – quando há a solicitação junto a um órgão competente para a criação de um empreendimento.
O saldo líquido é calculado a partir da diferença entre empresas criadas e fechadas no período e é usado como indicador da dinâmica do empreendedorismo local.
Antonio André Neto, coordenador Acadêmico do MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios da FGV, diz que alguns “vetores” impulsionaram o crescimento do resultado líquido de novas empresas. O primeiro é a dificuldade dos indivíduos na casa dos 30 anos de encontrar emprego. O mesmo vale para pessoas com 50 anos ou mais que enfrentam o obstáculo do etarismo para encontrar um trabalho e recorrem à criação de um negócio.
Para Neto, outra explicação é a expansão de franquias. Ele explica que o modelo de negócio “reduz muito o risco do empreendedor”, porque “o franqueador transfere todo o conhecimento e expertise que ele tem, para o franqueado”.
Nas três primeiras cidades - Campinas aparece na segunda posição -, os tipos de empreendimentos que aparecem na frente no que se refere à quantidade de constituições em setembro são comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas; atividades administrativas e serviços complementares; e atividades profissionais, científicas e técnicas.
Fome de expansão: EMS faz oferta pela Hypera
Considerada uma das principais indústrias farmacêuticas do Brasil, a EMS, com sede em Hortolândia, não para de pensar alto. Depois de ampliar sua presença no exterior, com a compra de empresas, a gigante nacional agora mira em se transformar em uma das gigantes na América Latina. Para isso surpreendeu o mercado nesta semana com a proposta de fusão com a Hypera. O negócio, se concretizado, daria origem à maior companhia do setor na América Latina, com receita em torno de R$ 16 bilhões, segundo estimativas do mercado.
A Hypera é uma empresa de capital aberto, com ações na Bolsa de Valores. O negócio é considerado complicado, já que depende do aceite dos acionistas e também da liberação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A proposta feita pela empresa à Hypera consiste em uma combinação de negócios e envolve uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações, segundo noticiou o site Pipeline, do jornal Valor Econômico. Segundo a reportagem, a operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA.
“Com base em estudos preliminares, a transação deverá resultar em ganhos expressivos de eficiência operacional e de capacidade de produção, ao mesmo tempo que reduzirá custos, expandindo as margens operacionais e aumentando a geração de caixa”, afirmou a EMS em carta divulgada pela Hypera. A Hypera afirmou em fato relevante ao mercado que seu conselho de administração vai tomar “providências para avaliação diligente da proposta, incluindo a contratação de assessores externos”.
A Hypera é dona de marcas de medicamentos como Buscopan, Coristina e Neosaldina. Nos últimos anos, a empresa tem investido para ampliar sua base de moléculas de medicamentos genéricos e tem planos de ter uma fábrica piloto de medicamentos oncológicos em 2026
Relicitaçao do Aeroporto de Viracopos deve sair em 2025
A briga envolvendo a gestão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, caminha para novos desfechos. O processo de relicitação deverá ocorrer em 2025, segundo anunciou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em uma entrevista à CNN nesta semana. A ideia do governo federal é de que o processo tenha início ainda neste final de ano e contará com a parceria do Tribunal de Contas da União (TCU)
Viracopos foi privatizado em 2012. O aeroporto internacional e o segundo em volume de cargas no Brasil tem a Infraero com 49% das ações. Os outros 51% são divididos entre a UTC Participações (48,12%), Triunfo Participações (48,12%) e Egis (3,76%), que formam a concessionária.
A atual administração já havia manifestado interesse pela devolução de sua parte, mas voltou atras no ano passado, quando formaliza ao governo federal pedido para manter concessão. No inicio do mês, houve uma tentativa de formalizar um acordo entre o TCU e a administração, sem sucesso.
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