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Terça-feira, 22 de Abril de 2025
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Uso de telas e o cérebro: qual o real impacto das telas no cérebro infantil?

As crianças expostas a telas apresentam atraso na motricidade fina

Uso de telas e o cérebro: qual o real impacto das telas no cérebro infantil?
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Há muita dúvida e até uma certa resistência sobre o impacto das telas no cérebro humano, muitos questionamentos a respeito do que é real e o que é apenas um olhar catastrófico. Lamento desapontar aos que acreditam somente nos benefícios da tecnologia, infelizmente há impactos negativos substanciais.

O uso contínuo compromete o desempenho cognitivo. As crianças expostas a telas apresentam atraso na motricidade fina (capacidade de fazer movimentos simples com as mãos, como segurar um lápis por exemplo) devido ao uso do touch (movimento do toque sobre a tela), além de apresentarem prejuízos na memória,  concentração e a atenção que são funções imprescindíveis para a aprendizagem.

 O ciclo do sono também sofre interferência, abro aqui um parênteses para frisar o quanto o sono é importante para o crescimento, para o aprendizado e para regulação emocional. O sono libera hormônios, como o hormônio do crescimento, fortalece o sistema imunológico, melhora a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de aprender). Uma rotina de sono deficiente além dos prejuízos acima citados provoca irritabilidade, mudanças frequentes de humor, comprometimento do raciocínio.

No entanto, não é apenas só isso, como dizia no programa humorístico de televisão “Caceta e planeta”! O uso de telas também causa problemas oftalmológicos devido à exposição à luz : olhos secos, fadiga ocular e até dores de cabeça.  Aumentam o risco de distúrbios emocionais e comportamentais. Entendam como distúrbios emocionais: a irritabilidade, ansiedade, depressão; e como comportamentais: dificuldade na interação social, risco na exposição precoce à sexualidade e risco de abuso virtual.

Acabou? Claro que não, o uso do celular com jogos e redes sociais  liberam dopamina, neurotransmissor que dá a sensação de bem estar. Se esse caminho de recompensa é usado em excesso, torna-se menos responsivo, é necessário cada vez mais estímulos, o que gera o vício.

E por que não falar no problema postural? Exatamente! Dores no pescoço, ombros , costas e alterações na coluna. Nem vou entrar no detalhe do quanto uma postura ereta melhora a autoestima. Uma postura ereta aumenta a confiança, uma postura inadequada aumenta a sensação de insegurança. Houve um tempo, melhor, era uma vez numa terra muito distante, havia o costume de treino de etiqueta que compreendia andar com um livro sobre na cabeça, o desafio obrigava a pessoa  a se tornar naturalmente elegante .

Mas se todos os argumentos não forem suficientes, então apenas se lembre que em voos não é permitido o uso do celular  (exceto no modo avião), isso porque , os celulares recebem e emitem ondas eletromagnéticas que podem interferir nos instrumentos da aeronave, imagine no cérebro de uma criança em desenvolvimento…

Para amenizar os impactos, é de extrema importância definir horários e limite de tempo para uso, monitorar o conteúdo e principalmente estimular outras atividades, brincadeiras são sempre bem vindas, atividades em grupo também. Através do brincar as crianças aprendem a resolver problemas, a se expressarem e constroem laços emocionais. Como diria Paulo Freire (educador e filósofo brasileiro): “o brincar é fundamental para a saúde física, emocional e intelectual das crianças”.

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