Somente no primeiro semestre de 2023 a região de Campinas registou a venda de 2.288 novas unidades residenciais, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1.385,3 milhão. São números que realçam o apetite dos consumidores regionais pela aquisição de imóveis a força de um dos setores que mais geram empregos. Com a queda gradual das taxas de juros no segundo semestre e o aumento da intenção de compra, construtoras e incorporadoras locais intensificaram os lançamentos e novas empresas chegaram para disputar uma parte do mercado regional.
Essa conjunção de fatores e índices contribuíram para colocar sete cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no ranking das 100 melhores cidades para fazer negócios na Construção Civil. O estudo que está completando de dez anos e feito pela consultoria Urban Systms para a Exame, levou em conta 319 cidades brasileiras com mais de 100.000 habitantes.
Por seu tamanho populacional e maior PIB, Campinas é 11ª cidade das 100 melhores cidades para fazer negócios na construção, e lidera o ranking da RMC. Americana aparece na 21ª posição, seguida por Paulínia (42), Sumaré (66), Indaiatuba (72), Hortolândia (78). Santa Bárbara D´Oeste completa o ranking regional (91).
Para Leo Gaspar Mota, proprietário da LG Mota, as posições das cidades da RMC no ranking podem ser explicadas por uma série de fatores “Campinas tem o 3º maior PIB do estado de São Paulo, o 10° do país, e o 5º em Região Metropolitana, além de polo tecnológico, de ensino e de saúde muito forte, além de termos o Aeroporto Internacional de Viracopos e uma rica malha viária que corta a nossa região”, diz, o que ajuda a impulsionar o mercado imobiliário e da construção civil da região. “Devido a tudo isso, Campinas e as cidades vizinhas são cidades excelente para se viver e atraem muitos investidores”.
40% dos alunos da Unicamp desejam empreender
A Unicamp, por meio da Agência de Inovação Inova Unicamp, realizou uma pesquisa de opinião entre os estudantes sobre o interesse em empreender, especialmente na criação de empresas spin-offs acadêmicas da Universidade, ou seja, negócios criados a partir de resultados de pesquisas ou conhecimentos desenvolvidos na universidade. A pesquisa entrevistou 837 alunos de 24 unidades da Universidade, abrangendo os campi de Campinas, Limeira e Piracicaba.
Uma das principais descobertas da pesquisa foi o expressivo interesse dos alunos em iniciar empreendimentos, com 40% dos entrevistados demonstrando o desejo de empreender. Dentre as motivações mais destacadas pelos estudantes, 49% mencionaram o desejo de alcançar o sucesso financeiro, enquanto 41% expressaram o anseio de criar um impacto positivo no mundo por meio de novas soluções.
A pesquisa também revelou obstáculos que podem limitar o potencial empreendedor dos estudantes da Unicamp. Entre os graduandos que não planejam empreender, foram apontados motivos como a falta de recursos financeiros (21%), o receio de lidar com incertezas e riscos (17%), a carência de conhecimento técnico (16%) e a ausência de habilidades administrativas (14%).
Cerca de 80% dos participantes disseram ainda não ter cursado disciplinas de empreendedorismo, indicando espaço para expansão de cursos e a necessidade de melhor comunicação e divulgação dessas oportunidades na Unicamp. Os alunos que desejam empreender expressaram também o desejo de “desmistificar” o empreendedorismo como um conceito negativo na universidade. "Resultados refletem o potencial empreendedor que vemos nos alunos. A Inova Unicamp está comprometida em fortalecer o suporte à comunidade da Unicamp, apoiando e expandindo programas e cursos que abordam os temas de inovação e empreendedorismo", disse Mariana Zanatta Inglez, coordenadora de ambientes de inovação e empreendedorismo na Inova Unicamp.
CURTAS
Ambev acelera redução de gases de efeito estufa
Empresas de diversos segmentos estão acelerando processos ligados à sustentabilidade. A Ambev, com unidade em Jaguariúna, é a primeira cervejaria brasileira a receber aprovação de suas metas de redução de emissão de curto prazo pela Science-based Targets Initiative. A certificação tem como proposta ajudar a aceleração da redução de emissões de efeito estufa. A meta da companhia é chegar a net zero até 2040.
Moradores da RMC enfrentam dificuldade para manter as contas em dia...
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) ganhou um novo inadimplente a cada 11 minutos em um período de 12 meses (outubro de 2022 e outubro deste ano). É que o revela o relatório mensal divulgado pela empresa de análise de crédito. O documento mostra que em outubro eram 1.118.555 nomes inscritos na Serasa, número que representa aumento de 4,5% em comparação aos 1.070.356 de igual mês de 2022. Desde então, 48.199 novos devedores foram incluídos na lista da empresa de análise de crédito, número equivalente à soma de toda a população de três cidades da RMC – Holambra, Engenheiro Coelho e Morungaba.
...E dívidas já ultrapassam R$ 6 bi
No levantamento, o valor das contas atrasadas na região chegou ao recorde de R$ 6,93 bilhões em outubro. O montante representou um aumento de 23,57% em relação aos R$ 5,59 bilhões do décimo mês do ano passado.
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