Com investimento de R$ 6 bilhões, a chinesa GAC Motors vai iniciar operações no Brasil no primeiro trimestre de 2025 – inicialmente com importação e montagem local - e, posteriormente com a instalação de uma fábrica, um centro de pesquisa e desenvolvimento e armazéns para peças de reposição, ainda no mesmo ano. Já de olho nas operações locais, a montadora assinou acordos de cooperação técnica com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).para desenvolvimento de motores, com investimento de R$ 120 milhões diluído ao longo de cinco anos.
A GAC Motors é a quinta maior montadora da China, com a produção de 2,53 milhões de veículos em 2023. A empresa chega ao país para brigar pelo mercado de carros com motores a combustão, híbridos e elétricos, com as também chinesas BYD – com fábrica em fase final de instalação em Camaçari (BA) e a GWM, que vai operar na cidade de Iracemápolis.
Pesquisadores da UFSM, UFSC e Unicamp atuarão no desenvolvimento de veículos, motores, autopeças e componentes para a produção nacional de motores flex e híbridos flex. Eles serão fabricados pela GAC a partir de 2026, e atenderão também o mercado de outros países da América Latina.
Além disso, as universidades vão coordenar projetos de ensino, pesquisa e extensão com incentivos técnicos e financeiros da GAC Motors. As parcerias incluem a promoção de estágios para estudantes e profissionais entre China e Brasil, além de programas de capacitação conjunta.
2.907 novos postos de trabalhos foram gerados na RMC em outubro
O saldo de empregos em outubro se manteve positivo na Região Metropolitana de Campinas (RMC). De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em outubro foram registradas 56.803 contratações formais e 53.896 demissões, com saldo positivo de 2.907 novos empregos com carteira assinada.
Dos trabalhadores admitidos, 57,22% foram homens e 45,71% eram mulheres. O levantamento também aponta que 67,41% dos contratados possuíam ensino médio completo, e 27,30% tinham entre 18 e 24 anos de idade.
O setor da indústria foi o principal motor das contratações na região, responsável por 18.254 admissões no período.
Entre os municípios com maior número de novas contratações, os destaques foram Campinas (+1.219), Holambra (+691) e Jaguariúna (+238).
Trabalho temporário
No âmbito do trabalho temporário, com vagas geradas para atender a demanda do comércio e serviço, principalmente, por conta das festas de final de ano, na região de Campinas foram preenchidas 4.405 vagas.
Campinas é a segunda cidade do Estado com maior número de startups
Com diversos parques tecnológicos, universidades e empresas de vários portes, a Região de Campinas é um polo de atração de empreendedores interessados em abrir novos negócios. Esse interesse pode ser medido por um levantamento divulgado pelo Sebrae Startups Report 2024, com o ranking dos dez municípios com unidades de startups em funcionamento. A lista é liderada pela Capital, com 1.610 unidades, seguida por Campinas, com 174 empresas do segmento.
O Sebrae Startups Report 2024 serve como um panorama sobre as empresas inovadoras paulistas. Entre outros dados, o levantamento aponta que as 10 primeiras cidades em número de startups, entre as 214 ranqueadas, têm seus ambientes integrados ao Sistema Paulista de Ambientes de Inovação (Spai), programa estadual vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) que atualmente tem 50 ambientes credenciados. Outro dado relevante do estudo é que 97% das startups prestam serviços para o setor público.
Estas cidades estão integradas ao Spai, política pública que engloba parques tecnológicos, centros de inovação e incubadoras de empresas de base tecnocientífica. No ranking, há outras 17 cidades, totalizando 28, que têm seus ambientes integrados ao sistema. No total, são 3.052 startups nessas cidades.
Produzido pelo Observatório Sebrae Startups, o estudo mostra ainda que os principais segmentos de atuação das startups paulistas são Saúde e Bem-estar (15,43%), Tecnologia da Informação (15,09%) e Educação (13,41%). Agronegócio vem na sequência (11,22%), indicando o impacto do setor agrícola na economia e a importante demanda por soluções tecnológicas no campo. O estudo agrega negócios em diferentes níveis de maturidade, desde as chamadas startups early stage (iniciantes) até as que já passaram por todos os estágios de desenvolvimento.
“Esse setor de inovação tem ganhado cada vez mais importância na economia e para toda a sociedade. Nós, do governo do Estado, estamos satisfeitos por fazer parte dessa história de crescimento, qualificação e diversificação de negócios”, afirma o secretário da SCTI, Vahan Agopyan.
Em relação às fontes de investimento, o levantamento revela que o fomento público é responsável pelo maior aporte de recursos, na ordem de 36%. Na sequência, aparece o apoio do investimento-anjo, que é formado pelos investidores individuais, com 31%. Em seguida, vêm os programas de aceleração (18%) e outras formas alternativas de financiamento.
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